Hoje, o exército tunisino referiu ter assistido 126 migrantes da África subsaariana que partiram da Líbia na esperança de alcançar a Itália, que seguiam numa embarcação em dificuldades ao largo de Ben Guerdane, perto da fronteira líbia.
Na sexta-feira, mais de 1.230 pessoas foram recolhidas por navios líbios e reconduzidas a Tripoli ou Sawiya, enquanto outros 2.200 foram transportados por navios militares ou comerciais coordenados pela guardas-costeira italiana, devendo ser reconduzidos para Itália.
Os guardas-costeiros italianos revelaram ter encontrado dez pessoas mortas durante estas operações no Mediterrâneo, sem precisarem as circunstâncias.
Nos dias precedentes, guardas italianos e líbios referiram ter encontrado 44 corpos já sem vida, e admitiram existir um número indeterminado de desaparecidos.
Mesmo que o fluxo das chegadas permaneça importante, esta vaga dos últimos dias é inferior à registada no mesmo período de maio de 2016, quando 13.000 pessoas foram socorridas e mais de 1.000 encontraram a morte.
Todos os migrantes e refugiados pretendem evitar o regresso à Líbia, onde muitos são vítimas de extorsões, violências, violações, torturas e morte.
Nos portos do sul da Itália, o movimento foi intenso na sexta-feira, e os desembarques prosseguiam hoje.
Assim, o Phoenix da ONG maltesa Moas chegou a Crotone (sul) com cerca de 600 migrantes a bordo, incluindo os corpos da maioria das vítimas de quarta-feira, quando uma grande vaga arrastou para a água dezenas de pessoas.
Devido à cimeira do G7 em Taormina, na Sicília, os desembarques foram proibidos durante toda a semana na ilha, que prolongou em mais 24 horas o trajeto dos navios de socorro em direção a Itália e atrasou o regresso à zona de socorro, forçando à mobilização de numerosos navios comerciais.
No entanto, estes navios não estão equipados para as operações de salvamento e não possuem víveres a bordo, água ou instalações sanitárias para transportar centenas de pessoas durante 48 horas.
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