“A conduta neste caso está entre as piores, senão a pior que já vi”, disse o juiz distrital dos EUA Vernon S. Broderick, ao anunciar uma sentença destinada a ressaltar a gravidade do ataque terrorista levado a cabo de forma “insensível e cobarde” por Sayfullo Saipov.
O uzbeque tinha sido considerado culpado no final de janeiro pela morte de oito pessoas, mas em março um júri não alcançou a unanimidade para o condenar à pena de morte, o que levou à imposição automática da prisão perpétua.
O juiz concordou com a sentença recomendada pelo Departamento de Justiça, que tinha originalmente pedido a pena de morte, ainda durante a administração do ex-Presidente Donald Trump (2017-2021).
No Halloween de 2017, Sayfullo Saipov investiu a carrinha contra quem passava numa ciclovia movimentada em Manhattan, causando muitos feridos e matando oito pessoas, incluindo cinco argentinos e um belga.
Este foi o ataque mais mortal em Nova Iorque, depois dos atentados de 11 de setembro de 2001.
Sayfullo Saipov reconheceu ser o autor de uma mensagem escrita em árabe que fazia referência ao autoproclamado Estado Islâmico, encontrada, a par com uma bandeira do grupo extremista, junto da carrinha utilizada no ataque ocorrido perto do memorial do World Trade Center.
Este julgamento foi o primeiro a nível federal do mandato de Joe Biden em que estava em causa a pena de morte.
Eleito em novembro de 2020, o Presidente democrata tinha prometido durante a sua campanha trabalhar para abolir a pena de morte a nível federal, sem impedir aquelas decididas pelos estados.
A pena de morte foi abolida no estado de Nova Iorque, mas pode ser aplicada no caso de um julgamento federal. No entanto, a última execução ocorreu há várias décadas neste estado.
Comentários