Segundo um novo balanço anunciado pela agência de gestão de catástrofes, o sismo causou a morte de dez pessoas, a última das quais um caminhante de 65 anos que foi soterrado por rochas no Parque Nacional de Taroko, enquanto outras 1099 ficaram feridas.
Os socorristas tentavam salvar dezenas de pessoas retidas numa rede de túneis solidamente construídos, ao mesmo tempo que engenheiros realizavam uma vasta operação de limpeza de escombros.
A última vítima, um homem de 65 anos, foi encontrada hoje à tarde num trilho no condado de Hualien.
As autoridades estabeleceram contacto com mais de 700 pessoas encurraladas em túneis ou áreas isoladas, mas perderam contacto com uma dezena delas, apesar de esses locais serem considerados seguros.
Um pequeno grupo que ficou preso durante quase 30 horas conseguiu regressar à superfície e foi recebido pela equipa de resgate.
“É bom estar vivo”, disse David Chen, que trabalha no luxuoso hotel Silks Place Taroko, em declarações à agência de notícias francesa AFP.
Muitos habitantes de Halien passaram a noite ao relento, depois de fugirem de apartamentos ainda abalados por numerosas réplicas, enquanto estavam a decorrer obras de grande envergadura para reparar as estradas danificadas e escorar os edifícios perigosamente inclinados.
Centenas de outras pessoas refugiaram-se num hotel de luxo e num centro de atividades para jovens perto do Parque Nacional de Taroko, depois de as estradas que conduzem a ambos os estabelecimentos terem sido bloqueadas por deslizamentos de terras.
“Espero que possamos usar o tempo de que dispomos hoje para encontrar todas as pessoas que estão retidas ou desaparecidas”, disse hoje o primeiro-ministro, Chen Chien-jen, após uma reunião num centro de salvamento em Hualien.
A ilha tem sido abalada por centenas de fortes sismos secundários desde o primeiro terramoto e o Governo alertou os residentes para terem cuidado com os deslizamentos de terras ou com a queda de pedras.
A regulamentação rigorosa em matéria de construção e a sensibilização generalizada do público para as catástrofes parecem ter evitado uma catástrofe de grandes proporções na ilha, segundo a AFP.
O terramoto, com uma magnitude de 7,2 de acordo com a agência Meteorológica Central (CWA) e de 7,4 de acordo com o Serviço Geológico dos Estados Unidos, foi o mais forte em Taiwan desde 21 de setembro de 1999, quando um sismo de magnitude 7,6 matou mais de 2.400 pessoas e feriu mais de 11.300.
Taiwan situa-se na confluência das placas tectónicas das Filipinas e da Eurásia, pelo que os terramotos são frequentes na ilha.
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