Os docentes, que vieram de vários pontos do país, iniciaram depois, pelas 16:25, uma marcha até ao Ministério da Educação, onde será lida uma resolução entretanto aprovada, na qual exigem do poder político que a CNEF negoceie com a Federação Nacional dos Professores (Fenprof) um Contrato Coletivo de Trabalho (CCT) “que contemple um horário letivo igual ao do ensino público, bem como tabelas salariais e carreiras docentes semelhantes às do ensino estatal”.
A resolução aprovada exige ainda da CNEF e do poder político regras de transição para a recuperação do tempo de serviço com efeitos na progressão, e reconhecimento para efeitos de progressão na carreira de todo o tempo de serviço docente prestado, independentemente de ser em estabelecimento de ensino privado ou em estabelecimento de ensino público.
O documento pede também ao Ministério da Educação que fiscalize e controle devidamente o financiamento público a estabelecimentos de ensino privado, e que as verbas necessárias para o funcionamento destas escolas com contratos estabelecidos com o Ministério da Educação sejam transferidas atempadamente.
Graça Sousa, coordenadora da Fenprof para o setor de ensino privado e cooperativo, e Mário Nogueira, secretário-geral da Fenprof, sublinharam que esta foi a primeira vez que os professores do ensino particular e cooperativo se juntaram numa ação de rua junto da entidade patronal, para protestarem "contra as más condições de trabalho e pela forma como têm sido mal tratados".
Mário Nogueira admitiu que se as exigências destes professores não forem satisfeitas e se a CNEF continuar a manter a sua intransigência, os professores do ensino privado e cooperativo admitem recorrer à greve, acreditando que, caso se chegue a este ponto, haverá uma adesão significativa por parte destes profissionais.
“Queremos um CCT justo para as escolas profissionais” e “Pela dignificação do ensino privado” são alguns dos cartazes exibidos pelos manifestantes durante a concentração que pelas 16:25 iniciou a marcha rumo ao Ministério da Educação.
A concentração de docentes do ensino particular e cooperativo foi organizada pela Fenprof "em defesa de um estatuto socioprofissional que reconheça direitos e deveres adequados à função docente".
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