Intervindo no debate do Orçamento do Estado para a área da Defesa, no parlamento, Azeredo Lopes resumiu as medidas que tomou desde que foi descoberto o furto de material militar em Tancos e que, no que respeita ao reforço da vigilância eletrónica, deverão estar concluídas até ao final do ano.
Sobre este tema, Azeredo Lopes aproveitou para afirmar que as suas intervenções visaram, "do ponto de vista político", garantir "medidas corretivas que fossem eficientes" e "nada tinham, nem nunca tiveram nada a ver, com a capacidade do ministro descobrir culpados ou interferir na investigação criminal".
"Coisa que infelizmente muitos não perceberam ou não quiseram perceber", lamentou.
Até ao final do ano, disse, deverão estar instalados os sistemas de videovigilância em mais seis unidades militares, medida com impacto financeiro de 271 mil euros, prevista na Lei de Programação Militar.
No Exército, foram realizadas três intervenções no campo militar de Santa Margarida - para onde foi deslocado parte do material que se encontrava nos paióis de Tancos, já desativado - uma despesa avaliada em 922 mil euros.
Na Marinha, decorrem sete projetos para o reforço das condições de segurança, com um impacto financeiro de 1,53 milhões de euros, adiantou.
Azeredo Lopes disse ainda que está a avaliar um projeto para instituir uma "norma única" para manuseamento e transporte de material, comum aos três ramos, medida que também deverá ter "impacto financeiro", mas que ainda não está estimado.
Quanto ao sistema de informação comum aos três ramos das Forças Armadas, que abrange inventários e logística, "estará concluído até final de março de 2018".
O Exército divulgou em junho o furto de material de guerra nos paióis de Tancos, entretanto recuperado pela Polícia Judiciária Militar.
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