"Há dia de celebração como o de hoje, o de aniversário da nossa cidade, em que as comemorações perdem a vontade, em que as cerimónias destituem-se de significado, em que os discursos não encontram palavras", disse o presidente da Câmara Municipal do Funchal, Paulo Cafôfo.
O autarca realçou que a vida tem de continuar, que as vítimas não podem ser esquecidas e que há o dever de perceber o que aconteceu, de “apurar responsabilidades, de assumir responsabilidades e de ter, na verdade, a única resposta para o que aconteceu", declarou.
"As responsabilidades serão apuradas e assumidas", salientou.
Em representação do Governo Regional, o secretário regional da Economia, Turismo e Cultura, Eduardo Jesus, referiu, por seu lado, que o Funchal "está de luto", mas que "o Governo Regional da Madeira confia nas instituições e acredita que estas tudo farão para que se promova o cabal esclarecimento das razões que levaram às ocorrências do passado dia 15, visando a resposta que deve ser dada à população e a respetiva assunção de responsabilidades".
O vice-presidente da Assembleia Legislativa da Madeira, Miguel de Sousa, lamentou, igualmente, a tragédia e transmitiu que, da parte do parlamento, "dentro das competências legais, terá certamente a disponibilidade para ser útil na elaboração de matéria legislativa que a experiência autárquica aconselhar".
O presidente da Assembleia Municipal do Funchal, Rodrigo Trancoso, disse também que a cidade está de luto e apelou aos partidos que, nesta matéria, ajam "acima das naturais divergências políticas".
Os partidos com representação na Assembleia Municipal lamentaram as mortes e pediram celeridade no apuramento das responsabilidades por parte do Ministério Público.
Um carvalho de grande porte e com duas centenas de anos abateu terça-feira no Largo da Fonte, no Monte, sobre várias pessoas que aguardavam pela passagem da procissão da Nossa Senhora do Monte, causando 13 mortos (dois dos quais estrangeiros, de nacionalidades francesa e húngara) e 49 feridos, seis dos quais encontram-se ainda no hospital.
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