A data foi definida pela Comissão Europeia, em 2009, para terminar com a comercialização das lâmpadas de halogéneo direcionais de tensão de rede na Europa.

“Foram assim dados à indústria sete anos de preparação para eliminar gradualmente a utilização de lâmpadas de halogéneo em domicílios e esgotar os 'stocks' existentes”, apontou a associação ambientalista Zero, em comunicado.

Segundo a Zero, estas são lâmpadas usadas sobretudo em tetos falsos ou em acessórios de casa de banho, por exemplo, tendo habitualmente uma eficiência energética com classificação D.

Razão pela qual, a Zero lembra que existe já uma “enorme oferta de soluções alternativas”, lâmpadas LED, com classificação A, “com muito menor consumo de eletricidade, maior durabilidade e com diferentes cores de luz de acordo com a potência do consumidor”.

Para a associação ambientalista Quercus, “este é um importante passo para reduzir a fatura energética das famílias portuguesas” e aproveita para apelar aos retalhistas que informem devidamente os consumidores.

Isto porque os retalhistas só podem vender, a partir de hoje, as lâmpadas de halogéneo que tenham em 'stock'.

Tanto a Quercus como a Zero fizeram contas e a conclusão é a de que as lâmpadas de halogéneo ficam mais caras, já que têm um período de duração mais limitado no tempo.

“Uma lâmpada de halogéneo de foco com 50W de potência custa cerca de 2,30 euros, enquanto uma lâmpada LED custa 8 euros, com a mesma intensidade luminosa. Contudo, as lâmpadas de halogéneo têm um tempo de vida muito mais limitado, pelo que serão precisas oito para equiparar ao de uma única LED”, aponta a Quercus.

Por outro lado, fazendo as contas ao gasto da utilização, a Quercus diz que uma lâmpada de halogéneo de classe D gasta oito vezes mais eletricidade do que uma lâmpada LED.

“Isto significa que a aparente poupança na compra vai perder-se em apenas seis meses de utilização. Tudo somado, 19 euros é quanto custa adquirir e utilizar uma lâmpada LED durante dez anos, um valor que, no caso das de halogéneo, sobe, significativamente, para 112 euros”, explica a associação ambientalista.

As conta das Zero dão o mesmo resultado, já que, segundo a associação, “os custos totais de iluminação recorrendo às lâmpadas de halogéneo é cinco ou seis vezes superior às lâmpadas LED”.

A Zero sublinha igualmente que todos os investimentos que o consumidor possa fazer representam "um ganho na política contra as alterações climáticas, dadas as menores emissões de dióxido de carbono resultantes de um menor consumo de energia elétrica", já que, em Portugal, o consumo de energia continua a ser, ainda que parcialmente, "assegurado por centrais termoeltréticas com queima de combustíveis fósseis".

Ambas as associações lembram que as lâmpadas de halogéneo multidirecionais com formato tipo vela ou com formato tradicional ficam de fora desta proibição, já que a sua comercialização só terminará a 01 de setembro de 2018.

A Zero aproveita ainda para esclarecer os consumidores de que não devem trocar as lâmpadas de halogéneo direcionais que tenham em casa antes de elas esgotarem o seu tempo de vida.