"A Diocese de Setúbal publicou hoje o decreto, assinado pelo bispo, cardeal D. Américo Aguiar, que cria uma paróquia dedicada aos migrantes na diocese, sem base territorial, como é habitual nas paróquias criadas pela Igreja Católica", lê-se em comunicado enviado às redações.

D. Américo Aguiar justifica esta decisão com o facto de o "Papa Francisco, desde o início do seu pontificado", ter colocados os migrantes "no centro das suas preocupações, ou seja, todos aqueles que, pelos mais diversos motivos, deixaram as suas casas e terras para viverem em terra estrangeira".

"A situação atual, quer do nosso território diocesano, quer das pessoas que nele habitam ou por ele passam, exigem novas soluções pastorais que possam ir de encontro às necessidades concretas dos migrantes", diz ainda o bispo de Setúbal, que considera que "é a Igreja, à semelhança de Deus, que deve ir ao encontro de cada migrante, para os acolher e acompanhar do melhor modo possível".

A paróquia dos migrantes ainda não tem um pároco nomeado, mas sabe-se já que vai ter sede na Igreja de Nossa do Monte Sião, paróquia de Amora, e o seu padroeiro será S. João Batista Scalabrini.

Não sendo definida por uma área territorial, como habitualmente acontece,  destina-se a "todos aqueles que, no território da Diocese de Setúbal, forem considerados migrantes, à luz dos critérios da lei canónica e da lei civil aplicável".

Assim, estará "sujeita às mesmas normas universais e particulares, no que respeita à administração dos sacramentos, dos seus bens e ao relacionamento com a Igreja Universal e particular", pode ler-se no decreto.

A notícia surge no dia em que se celebram os 12 anos de pontificado do Papa Francisco.