Em comunicado, a Diocese do Porto refere que recebeu da Comissão Independente "uma lista de alegados abusadores que continha doze nomes".
"Foi possível aferir, desde logo, que quatro já faleceram e um já não pertence à diocese. Por informação oral do Grupo de Investigação Histórica, ficou-se a saber que as denúncias se reportam às décadas de setenta e oitenta", é ainda referido.
A Diocese acrescenta ainda que "imediatamente foi iniciada a investigação prévia a respeito dos sete clérigos vivos".
Contudo, "nos arquivos diocesanos, não se encontra qualquer indício de possíveis crimes de abusos, tal como, aliás, o Grupo de Investigação Histórica já tinha verificado. À Comissão Diocesana para o Cuidado dos Frágeis também não chegou qualquer denúncia relativamente a estes nomes".
"Não obstante, o processo de investigação continua. Inclusivamente, o bispo diocesano já reuniu com diversas pessoas, algumas das quais já não vivem na área da Diocese do Porto, à procura de eventuais informações complementares. Porém, também estas diligências ainda não conduziram a qualquer pista. Se, entretanto, aparecerem indícios fiáveis, o bispo diocesano não hesitará em suspender preventivamente o clérigo em causa", é ainda afirmado.
O comunicado refere ainda que "o bispo diocesano já entregou ao Ministério Público a lista recebida da Comissão Independente".
A Diocese do Porto informou também que "a Comissão Diocesana para o Cuidado dos Frágeis está em processo de renovação, ficando, brevemente, constituída apenas por leigos, dotada de sede própria e de melhores condições de trabalho" e que "manterá o mesmo contacto de email: cuidadodosfrageis@diocese-porto.pt".
"Esta Diocese reafirma o que sempre tem dito: coloca-se do lado das vítimas, sofre com elas e tudo está a fazer para criar uma nova mentalidade e atitudes, respeitadoras e seguras, de modo a que os mais novos e suas famílias possam confiar plenamente nos agentes pastorais", remata a Diocese.
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