“Independentemente da duração e do resultado da operação militar especial [na Ucrânia], é já claro que o período de 30 anos de cooperação construtiva, ainda que com problemas, com o Ocidente chegou ao fim sem haver volta a dar”, afirmou o diplomata Alexei Dobrinin, que chefia o Departamento de Planeamento da Política Externa do Ministério dos Negócios Estrangeiros russo.
No artigo, reproduzido na página oficial do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Dobrinin salientou que “não haverá regresso à situação anterior a 24 de fevereiro nas relações com os países da América do Norte e da Europa”.
“A Rússia entrou numa fase aguda de confronto com uma aliança agressiva de países hostis liderada pelos Estados Unidos”, acrescentou.
Segundo Dobrinin, o objetivo dos adversários da Rússia é derrotá-la estrategicamente, “para a eliminar como concorrente geopolítico”.
“Apesar de mais de uma geração nossa ter crescido em tempos relativamente pacíficos, a situação de conflito é encarada como uma norma por um país com a geografia e interesses da Rússia”, comentou o diplomata no artigo intitulado “Lições da História e Imagem do Futuro: Reflexões sobre a Política Externa da Rússia”.
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