"Em vista ao exposto, tendo consultado o Comité de Ética do Conselho de Administração, decidi deixar temporariamente as minhas funções de DG (diretora-geral) do FMI durante o período de nomeação", declarou ainda Christine Lagarde, segundo a nota.

A ex-ministra das Finanças de França desempenhou o cargo de diretora-geral do FMI nos últimos oito anos.

Christine Lagarde tornou-se em 2011 a primeira mulher a chefiar o FMI – ao substituir Dominique Strauss-Kahn, outro ex-ministro francês que teve que renunciar ao cargo devido a um escândalo sexual – e agora voltará a ser pioneira ao substituir o atual presidente do BCE, o italiano Mario Draghi.

O BCE é uma instituição que atualmente tem apenas duas mulheres entre os 25 membros do seu corpo máximo, o conselho de governadores.

Os chefes de Estado e de Governo da União Europeia (UE) chegaram hoje a acordo sobre as nomeações para os cargos institucionais de topo, inclusive designando a alemã Ursula von der Leyen para a presidência da Comissão Europeia.

Desta forma, duas mulheres, Ursula von der Leyen e Christine Lagarde, ocuparão posições de grande importância dentro da União Europeia.

Anunciado pelo presidente do Conselho Europeu, o compromisso alcançado ao fim de uma ‘maratona’ negocial, que se prolongou em Bruxelas ao longo de três dias, desde as 18:00 de domingo (menos uma hora em Lisboa), contempla ainda a nomeação do primeiro-ministro belga em funções, o liberal Charles Michel, para a presidência do Conselho Europeu, e do ministro espanhol dos Negócios Estrangeiros, o socialista Josep Borrell, como Alto Representante da UE para a Política Externa e de Segurança.