A auditoria foi feita às contas da Presidência da República em 2014 e, na altura, o TC recomendou a Cavaco Silva que encaminhasse o assunto para Assembleia da República, de forma a que a legislação fosse revista. 

O pedido de Cavaco chegou ao presidente da Assembleia, Ferro Rodrigues, a 18 de janeiro e foi encaminhado para a comissão parlamentar de Orçamento e Finanças, de acordo com a notícia do Observador.

Resta agora saber quando os deputados vão começar a analisar as recomendações do TC, de forma a apertar a legislação sobre os gastos dos ex-Presidentes.

Segundo a auditoria, cada presidente escolheu o local e as condições do seu novo gabinete sem grandes critérios. Se Mário Soares terá alugado o seu gabinete na Fundação Mário Soares por 4,3 mil euros mensais, Jorge Sampaio foi para um edifício cedido pelo Estado e Ramalho Eanes está no gabinete no Edifício Presidente “contra o pagamento de despesas de condomínio”. A mesma auditoria indica que Cavaco Silva vai para o Convento do Sacramento, com o compromisso de efetuar obras de reabilitação. 

Só por aí já possível ver discrepâncias nos gastos, o que levou o Tribunal de Contas a pedir mais fiscalização aos gabinetes dos ex-PR.