Em 2017, 12.994 cidadãos britânicos obtiveram a nacionalidade de outro país da UE, segundo dados coligidos pela estação pública britânica, referentes a 17 países do espaço comunitário (que representam três quartos dos pedidos).
Este número, se comparado com o total de 2015, ano anterior ao da realização do referendo, é sete vezes superior.
A nacionalidade mais pedida pelos britânicos foi a alemã, que registou um aumento 12 vezes superior entre 2015 e 2017 — de 594 para 7.493.
Depois da Alemanha, França e Bélgica são os dois países mais procurados pelos britânicos.
Em Portugal, o número de atribuições de nacionalidade a britânicos aumentou 13 vezes entre 2015 e 2017 — no ano passado, foram concedidas 147, quando, nos três anos anteriores, não passavam das 10-20.
De acordo com a BBC, na maioria dos casos registados, os britânicos passaram a ter dupla nacionalidade, ou seja, mantiveram os passaportes de origem.
Com a nacionalidade que acrescentaram passaram a garantir para si — e, posteriormente, para os seus filhos — a possibilidade de continuar a viajar, viver e trabalhar, sem restrições, nos 27 países da UE, depois de o Reino Unido deixar o bloco comunitário.
A 23 de junho de 2016, 51,9 por cento dos votantes no referendo aprovaram o chamado Brexit, que decretou a saída do Reino Unido da União Europeia.
Londres e Bruxelas continuam a negociar os termos do Brexit, mas o Reino Unido deverá abandonar oficialmente a UE a 29 de março de 2019, a que se seguirá um período de transição de 21 meses, durante os quais continuará integrado nas estruturas comunitárias, nomeadamente no mercado único e na união aduaneira.
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