"Já estamos a preparar a nossa próxima colaboração. Isto implica escolher os estudantes que vão participar neste projeto, pois selecionamos aqueles que tenham uma bagagem de conhecimento adaptada", informou a docente de Enfermagem, Catarina Lobão, uma das mentoras do projeto.

O apoio resume-se a "três ou quatro dias antes da peregrinação" do 13 de maio, "que é quando há o ‘boom' maior de pessoas", explicou.

O projeto MAP — Missão de Apoio aos Peregrinos de Fátima nasceu no ano passado, quando dois docentes de enfermagem e fisioterapia se uniram para apoiar os peregrinos no centro de apoio localizado em Colmeias, Leiria, durante a visita do papa Francisco a Fátima.

Segundo Catarina Lobão, ela e o seu colega Luís Carrão, de Fisioterapia, consideraram que sendo a ESSLei a "escola de saúde mais próxima de Fátima", tinham "condições para apoiar as peregrinações marianas".

"Rapidamente nos apercebemos que as dificuldades não estavam na chegada, mas no caminho. Víamos pessoas que vinham desde o Porto ou até de Santiago de Compostela a pão e água, que não falavam, como promessa, ou que caminhavam sem qualquer apoio", explicou.

Nesse sentido foi criada a MAP, um projeto de "extensão e prestação de serviços à comunidade, que tem como objetivo proporcionar cuidados de saúde ao peregrino" de forma voluntária.

Catarina Lobão afirma que, depois da peregrinação de 13 de maio, já apoiaram os peregrinos no 13 de outubro.

"Fátima é tão perto de nós e com a mão-de-obra a vários níveis, não só de enfermagem, mas também de fisioterapia, terapia da fala, terapia ocupacional e também a nutrição e a dietética, fazia sentido avançar com um projeto destes", destacou.

Segundo Catarina Lobão, quando foram para o terreno contactar com peregrinos verificaram quais as principais lacunas: "Temos de educar para segurança, a questão do uso do colete, caminhar em fila e do lado contrário aos carros, prender os cabelos (havia pessoas com cabelos arrancados pela passagem dos camiões), usar chapéu e protetor solar, fazer pausas para o sono e repouso e ter cuidado com a automedicação".

Outros problemas que detetaram foi a falta de cuidado com a nutrição, o calçado (que nunca deve ser novo) e os cuidados com os pés.

"Aqui a enfermagem tem um grande apoio em conjunto com a fisioterapia, que fez um trabalho ao nível de exercícios para a postura, relaxamento e recuperação dos músculos."

No centro de apoio de Colmeias, a docente disse que as necessidades mais "prementes" encontradas foram ao "nível de cuidados de higiene e também do tratamento de lesões que a caminhada provoca".

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