Um estudo da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP), hoje divulgado, identificou que mais de metade das pessoas com uma doença autoimune que provoca hipertiroidismo tem nódulos e um risco aumentado de cancro da tiroide.
Na síntese enviada à agência Lusa está descrito que os pacientes com doença de Graves têm maior probabilidade de desenvolver uma neoplasia da tiroide do que a população geral.
A doença de Graves é um distúrbio autoimune em que a glândula tireoide é atacada pelo sistema imunológico do corpo.
É considerada a causa mais comum de hipertireoidismo e, de acordo com a FMUP, esta doença afeta uma em cada 200 pessoas, estimando-se que haja cerca de 50 mil casos em Portugal.
Para realizar este estudo, a equipa da FMUP analisou os dados de 539 pessoas com doença de Graves, das quais 3,3% tiveram cancro da tiroide durante o seguimento de cerca de três anos.
“Os doentes que apresentam mais e maiores nódulos correm um risco superior”, lê-se nas conclusões.
Segundo os investigadores, cerca de 65% dos doentes com este tipo de cancro tinham múltiplos nódulos na tiroide.
Considera-se que por cada 10 milímetros de aumento no tamanho desses nódulos o risco aumenta de forma significativa.
“É muito importante seguir os indivíduos com doença de Graves a longo prazo, recorrendo a exames complementares de diagnóstico, quando necessário, para identificar os doentes com risco acrescido de cancro da tiroide. Só assim poderemos atuar mais cedo e de forma mais eficaz”, recomenda a equipa de investigadores.
São considerados principais fatores de risco para cancro da tiroide a exposição a radiação e a história familiar.
Um estudo da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP), hoje divulgado, identificou que mais de metade das pessoas com uma doença autoimune que provoca hipertiroidismo tem nódulos e um risco aumentado de cancro da tiroide.
Na síntese enviada à agência Lusa está descrito que os pacientes com doença de Graves têm maior probabilidade de desenvolver uma neoplasia da tiroide do que a população geral.
A doença de Graves é um distúrbio autoimune em que a glândula tireoide é atacada pelo sistema imunológico do corpo.
É considerada a causa mais comum de hipertireoidismo e, de acordo com a FMUP, esta doença afeta uma em cada 200 pessoas, estimando-se que haja cerca de 50 mil casos em Portugal.
Para realizar este estudo, a equipa da FMUP analisou os dados de 539 pessoas com doença de Graves, das quais 3,3% tiveram cancro da tiroide durante o seguimento de cerca de três anos.
“Os doentes que apresentam mais e maiores nódulos correm um risco superior”, lê-se nas conclusões.
Segundo os investigadores, cerca de 65% dos doentes com este tipo de cancro tinham múltiplos nódulos na tiroide.
Considera-se que por cada 10 milímetros de aumento no tamanho desses nódulos o risco aumenta de forma significativa.
“É muito importante seguir os indivíduos com doença de Graves a longo prazo, recorrendo a exames complementares de diagnóstico, quando necessário, para identificar os doentes com risco acrescido de cancro da tiroide. Só assim poderemos atuar mais cedo e de forma mais eficaz”, recomenda a equipa de investigadores.
São considerados principais fatores de risco para cancro da tiroide a exposição a radiação e a história familiar.
A FMUP refere que não se sabe exatamente a causa desta doença, apesar de alguns fatores de risco estarem descritos, nomeadamente ser do sexo feminino, ter idade superior a 40 anos, tabagismo, stress, gravidez ou parto recente e história de doenças autoimunes.
Os sintomas são os considerados típicos do hipertiroidismo: aumento da frequência cardíaca e da pressão arterial, palpitações, suor excessivo, intolerância ao calor, ansiedade e perda de peso, e, adicionalmente, problemas nos globos oculares e lesões dermatológicas na zona da tíbia.
O diagnóstico tem normalmente como base uma análise ao sangue às hormonas da tiroide e doseamento dos autoanticorpos TRABs.
O tratamento assenta em fármacos antitiroideus, iodo radioativo ou cirurgia e podem, ainda, ser utilizados medicamentos para o controlo dos sintomas.
Publicado no European Thyroid Journal, este estudo foi realizado por Marta Nascimento Soares, Marta Borges Canha, Celestino Neves, João Sérgio Neves e Davide Carvalho, da FMUP.
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