De acordo com o Jornal de Notícias, na origem do surto de covid-19 na GNR do Porto estão dois almoços.

O primeiro almoço realizou-se no dia 8 deste mês e reuniu cerca de 70 militares na messe dos guardas do Quartel do Carmo.  Escreve o JN que todos os oficiais, sargentos e guardas quiseram despedir-se do coronel Jorge Ludovico Bolas, comandante da unidade do Porto desde dezembro do ano passado, e substituído no cargo, este mês, pelo coronel João Fonseca.

O segundo aconteceu no dia seguinte, a 9 de outubro. Desta vez na messe dos guardas, com 20 pessoas, para marcar o fim da carreira de um dos elementos da Secção dos Recursos Humanos.

Três dias depois, um militar que participou nos dois eventos acusou positivo no teste à covid-19.

O Comando-Geral da GNR não comentou o caso, porém confirmou até esta quinta-feira encontravam-se no Comando Territorial do Porto "31 militares positivos (no domicílio) e 17 suspeitos em isolamento e a aguardar o resultado de teste efetuado, perfazendo, desta forma, um total de 46 militares na situação de quarentena".

Em comunicado, enviado hoje às redações, a força de segurança esclarece que "foi determinada a abertura de um processo interno, para averiguar as circunstâncias da ocorrência"

O Comando da Guarda acrescenta que "mantém como prioridade a prevenção da doença, a contenção da pandemia e a garantia da segurança de todos os militares da Guarda e dos cidadãos". "Para além de garantir a distribuição de equipamento de proteção individual aos militares de todo o dispositivo, está implementado um plano de contingência, ao qual são frequentemente acrescentadas medidas complementares, que prevê o cumprimento escrupuloso das medidas de preservação sanitária e conduta social em vigor, designadamente, o distanciamento social, a etiqueta respiratória, a higienização e as medidas de proteção implementadas do antecedente", sublinham.

[Notícia atualizada às 09h25]