Um dos barcos, o que estava perto de El Hierro, tinha a bordo 130 migrantes, incluindo algumas mulheres e crianças, e foi socorrido na quinta-feira à noite pelas equipas de resgate e emergência. A embarcação foi levada para o porto de La Restinga.
Os migrantes foram colocados no centro de acolhimento temporário, na localidade de San Andrés, em Valverde, onde permanecerão sob custódia policial até serem transferidos para outros locais fora da ilha.
Nenhum dos ocupantes do barco precisou de ser hospitalizado, referem as equipas de resgate, citadas pela agência espanhola de notícias EFE.
O outro barco, resgatado em Lanzarote, era um bote insuflável com 47 pessoas a bordo, incluindo cinco mulheres e quatro menores, de origem magrebina e subsaariana, e foi localizado a cerca de 28 quilómetros a leste da ilha.
Para o resgate, que terminou por volta das 07:00 locais de hoje (mesma hora em Lisboa), foram acionados um helicóptero e a guarda marítima, após o alerta de uma pessoa que estava a bordo, que contactou os serviços de emergência.
Segundo dados divulgados pelo Governo de Espanha em novembro, o número de migrantes que entraram este ano de forma irregular nas ilhas espanholas das Canárias superava as 46.800 pessoas e era já o maior de sempre.
Entre 01 de janeiro e 15 de novembro entraram 46.862 pessoas de forma irregular nas Canárias, mais do que em todo o ano de 2006, que tinha até agora o recorde de chegadas (31.678).
A grande maioria (45.707 pessoas) chegou por mar às Canárias, localizadas no Atlântico, em frente da costa ocidental africana, em embarcações precárias conhecidas em Espanha como “pateras”, segundo os dados do Ministério da Administração Interna espanhol.
Em relação ao mesmo período do ano passado, o número de migrantes aumentou 62%.
As chegadas de migrantes na mesma situação a Espanha, mas pelo mar Mediterrâneo, também aumentaram este ano, mas numa dimensão muito inferior: 13.044 pessoas entre 01 e 15 de novembro, mais 11,5% do que no mesmo período de 2022.
Espanha é um dos países europeus que lida com maior número de entradas de migrantes em situação irregular na Europa, através das costas do Mediterrâneo e das Canárias.
O governo regional das Canárias disse em 23 de outubro que as estruturas de resposta aos migrantes que chegam ao arquipélago de forma irregular estão sob “máxima pressão”, “começam a estar exaustas” e pediu a ativação do mecanismo europeu de proteção civil.
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