O grupo pediu hoje ao embaixador chinês no Brasil, Yang Wanming, o envio de “material médico, consumíveis e equipamentos que possam ajudar na luta contra o flagelo” do surto da Covid-19.
O Ministério da Saúde do Brasil contou onze mortes até sexta-feira, nove delas em São Paulo, o estado mais populoso e afetado pela doença, e duas no Rio de Janeiro, além de 904 casos confirmados de coronavírus.
Segundo a carta enviada ao embaixador, “a China acaba de enfrentar um problema semelhante do qual saiu vitoriosa”.
E o Brasil, segundo analistas, tem um défice de camas hospitalares de ventiladores para atender os pacientes internados.
“Reafirmamos nossa admiração pela forma como o povo chinês enfrentou a epidemia e pela imensa amizade que une nossos povos”, acrescentou a carta assinada pelo líder do grupo, o governador do estado da Bahia, Rui Costa.
O pedido chega dois dias depois de uma crise diplomática entre Brasil e China causada por declarações de um dos filhos do Presidente, o deputado Eduardo Bolsonaro, que acusou a China de ter gerado a pandemia.
Segundo o filho do presidente, que serviu como conselheiro em assuntos internacionais e foi até proposto como embaixador do Brasil em Washington, a “ditadura” chinesa “preferiu esconder algo sério do que expô-lo, temendo que se desgastasse, mesmo que isso salvasse inúmeras vidas”.
O deputado comparou o tratamento dado pela China à pandemia, que teve os primeiros na cidade de Wuhan, com o desastre nuclear de Chernobyl, ocorrido em 1986 na Ucrânia.
Ao tomar conhecimento da publicação, o embaixador chinês também expressou nas redes sociais o “repúdio” e a “indignação” da China em relação a estas acusações, exigindo um pedido de desculpas.
A China é o principal parceiro comercial do Brasil e é o destino de milhões de toneladas de soja, um dos pilares do setor agroindustrial do país.
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