Na mesma altura, os “grandes eleitores” também depositam os boletins de voto para o vice-presidente da administração Trump, o conservador Mike Pence.
Nas eleições presidenciais norte-americanas, o voto dos eleitores é indireto e vai para um Colégio Eleitoral, solução plasmada na Constituição dos Estados Unidos e na 12.ª Emenda (adotada em 1804) que é constituída por delegados representativos dos 50 estados norte-americanos (e da capital federal Washington que conta com três “grandes eleitores”).
Cada estado federal tem direito a um determinado número de “grandes eleitores”, distribuição que depende da população do estado e da sua representatividade no Congresso norte-americano.
Por exemplo, a Califórnia, o estado mais populoso dos Estados Unidos, tem 55 “grandes eleitores” no Colégio Eleitoral, enquanto o Wyoming ou o Alasca têm apenas três, a representação mínima.
São muitos os americanos que defendem que o Colégio devia declarar a candidata presidencial democrata Hillary Clinton como vencedora, porque ela triunfou no voto popular nas eleições de 8 de novembro, mas também existem outros (incluindo vários republicanos) que alegam que Trump não reúne as competências necessárias para assumir a Presidência dos Estados Unidos.
Clinton conseguiu mais de cerca de 2,8 milhões de votos do que o adversário republicano, mas foi Donald Trump que garantiu a vitória que interessava: a maioria dos ‘grandes eleitores” no Colégio Eleitoral, 306 contra os 232 da democrata.
Nove dias depois da votação dos “grandes eleitores”, a 28 de dezembro, o presidente do Senado e outros responsáveis federais e estaduais devem ter “os certificados de voto” em mãos.
A 6 de janeiro, o Congresso reúne-se numa sessão conjunta para contar os votos. Desta vez, o ainda vice-presidente americano, Joe Biden, na qualidade de presidente do Senado, irá presidir a sessão. Os votos de cada Estado são abertos e registados por ordem alfabética. Biden anuncia então os resultados e declara os nomes dos vencedores.
Donald Trump será empossado a 20 de janeiro numa cerimónia pública junto ao edifício do Capitólio, em Washington.
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