Este foi o primeiro revés legislativo de Donald Trump desde a sua chegada à Casa Branca em janeiro e no seio do seu próprio partido. O novo plano de saúde vai revogar e substituir a lei do anterior Presidente, Barack Obama, conhecida como Obamacare.
Após o adiamento da votação, Trump enviou Mick Mulvaney, diretor do Gabinete de Orçamento da Casa Branca, para advertir a bancada republicana na câmara baixa do Congresso dos Estados Unidos de que o Presidente está disposto a manter a lei de Obama caso não haja acordo.
“Amanhã [hoje] é hora de votar”, afirmou também o porta-voz da Casa Branca, Sean Spicer, em declarações à Fox News.
“Esta é a oportunidade pela qual as pessoas têm esperado durante anos, para ver a revogação e a substituição do Obamacare”, sublinhou o porta-voz.
De acordo com o The Hill, que cita fontes do Congresso, a Casa Branca aceitou tirar uma das principais reivindicações do Freedom Caucus, o grupo ultraconservador de deputados que tem estado a obstaculizar o acordo sobre o plano de saúde.
A ala mais radical do partido exigia à Casa Branca que deixasse cair os chamados “benefícios essenciais” que, entre outras coisas, cobrem a assistência em urgências ou os cuidados relativos à maternidade. Trump reuniu-se na manhã de quinta-feira com o Freedom Caucus para tentar encontrar uma base de acordo.
“Vamos continuar a debater, porque não temos os ‘sins’ suficientes. Estamos a considerar a situação, houve progressos, mas precisamos que [para a Casa Branca] isto não seja apenas para cumprir uma promessa de campanha mas que baixe realmente o custo dos seguros para todos os norte-americanos”, afirmou Mark Meadows, presidente do Freedom Caucus.
Após a suspensão da votação, o presidente da Câmara dos Representantes e um dos principais impulsionadores do diploma, o republicano Paul Ryan, cancelou por duas vezes a sua comparência diante dos meios de comunicação social para abordar o assunto.
Com os democratas unidos no objetivo de impedir a revogação do Obamacare, se pelo menos 22 republicanos votarem contra a proposta de lei, o diploma não conseguirá os 216 apoios de que precisa para ser aprovada.
Os ultraconservadores ocupam cerca de três dezenas de assentos.
Acabar com o Obamacare foi uma das promessas da campanha presidencial de Trump.
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