"Francamente, nós ganhámos as eleições". A frase foi proferida por Donald Trump sensivelmente a meio de uma intervenção na Casa Branca em que, por um lado, declarou "uma grande vitória" e, por outro", afirmou estar "triste" pelo facto de ter de recorrer ao Suprem Tribunal caso essa vitória não seja reconhecida.

Trump falou perante uma sala cheia, onde poucos usavam máscara. Começou por enumerar o "apoio tremendo" que tinha tido no ato eleitoral, disse que os republicanos deviam estar "prontos para uma grande celebração" porque "tinham ganho tudo".

As afirmações não são factualmente rigorosas, uma vez que à hora que Trump falou, pouco passava das 7 da manhã em Portugal e das 2 da manhã em Washington, os votos continuam a ser contados, há muitos estados em aberto e milhões de votos por correspondência por processar.

No seu discurso, Trump destacou três estados onde é já garantida a sua vitória - Flórida, Texas e Ohio - disse que "era claro" que também iria ganhar a Georgia e que "era possível" que ganhasse o Arizona,  mesmo que "não precisasse". Também na Pensilvânia, onde ainda não se sabem resultados, declarou "estar a ganhar" e ser "quase impossível perder". "Não precisamos deles todos", acrescentou.

O discurso terminou com Trump a afirmar que quer que "a lei seja usada da maneira certa", anunciando a intenção de recorrer ao Supremo Tribunal, caso a vitória não lhe seja reconhecida.

"É um momento muito triste para mim", disse, "no que me diz respeito já ganhámos".