“Existem forças externas antieuropeias que procuram – abertamente ou secretamente – influenciar as escolhas democráticas dos europeus, como aconteceu com o ‘Brexit’ e com um determinado número de campanhas eleitorais na Europa. E o mesmo pode acontecer nas eleições europeias de maio”, alertou Donald Tusk.

O presidente do Conselho Europeu, que falava em Bruxelas, após receber o primeiro-ministro da Arménia, Nikol Pashinyan, apelou à cooperação estreita de “todos aqueles que se preocupam com a Europa” durante e depois das eleições, que decorrem entre 23 e 26 de maio.

O político referiu-se ainda ao manifesto escrito pelo Presidente francês e publicado em jornais dos 28 Estados-membros na noite de segunda-feira, declarando que partilha a forma de pensar de Emmanuel Macron.

Sem nunca nomear a Rússia, o Presidente francês revelou-se preocupado com as ingerências externas nas democracias europeias e, nesse sentido, propôs “proibir o financiamento de partidos políticos europeus por poderes estrangeiros”.

“Não permitam que partidos políticos que são financiados por forças externas, hostis à Europa, decidam as prioridades da União Europeia e da nova liderança das instituições europeias”, instou Donald Tusk.

A preocupação quanto à ingerência de forças externas, nomeadamente da Rússia, nas próximas eleições europeias levou a Comissão Europeia a projetar um plano de ação, apresentado em dezembro, contra a desinformação em linha.