Os dados foram divulgados a meio da tarde na página do município na rede social Facebook, na qual o executivo liderado por Ricardo Leão (PS) informou que as ocorrências são relativas a deslizamentos de terras, quedas de muros e de árvores, inundações e cheias, e que foram mobilizados cerca de 300 operacionais das forças de socorro e segurança.
Segundo um balanço do presidente da câmara feito de manhã, pelas 08:00 estavam oito pessoas no centro de acolhimento temporário criado na sequência do mau tempo, na semana passada, depois de na noite do dia 07 a chuva ter também feito muitos estragos.
“Das 91 escolas do concelho, 60 estão encerradas”, acrescentou a autarquia esta tarde, referindo que as equipas do município, das juntas de freguesias, dos bombeiros e das forças de segurança continuam no terreno para “solucionar os problemas que ainda persistem nalgumas zonas e a prestar todo o auxílio às populações”.
O município, que continua a apelar para que as pessoas evitem deslocações desnecessárias e para consultarem as informações divulgadas no seu ‘site’ e nas redes sociais, disponibiliza duas linhas telefónicas: uma para a comunicação de ocorrências (800 966 112) e outra para apoio municipal (800 100 176).
Loures foi um dos municípios mais afetados na Grande Lisboa pelas fortes chuvas que caíram hoje de madrugada.
Ricardo Leão afirmou que esta noite “foi pior” do que a de quarta-feira passada em termos de ocorrências, com mais zonas afetadas e inundações de maior gravidade na via pública.
As maiores inundações ocorreram em zonas habitualmente sensíveis, como a Baixa de Loures, a Flamenga e a Ponte de Frielas.
Fanhões, Lousa e Unhos foram zonas afetadas por quedas de terras, taludes e muros de contenção, que ocorreram sobretudo em áreas mais isoladas, com poucas habitações, com consequências ao nível da interdição de vias.
Questionado sobre o trabalho de prevenção que pode ser feito em relação às inundações, Ricardo Leão reiterou que têm sido feitas as devidas reparações nas linhas de água do concelho.
“Com a quantidade de água que caiu, por muita intervenção que tivesse havido nas linhas de água, as inundações ocorreriam sempre”, disse, lembrando que os serviços sabem o que é preciso fazer e que a câmara conta com a ajuda do Governo, já anunciada.
Em causa, sublinhou o autarca, estão prejuízos de “muitos milhões de euros”.
A chuva intensa e persistente que caiu de madrugada causou hoje centenas de ocorrências, entre alagamentos, inundações, quedas de árvores e cortes de estradas nos distritos de Lisboa, Setúbal e Portalegre, onde há registo de vários desalojados.
Na zona de Lisboa a intempérie causou condicionamentos de trânsito nos acessos à cidade, que levaram as autoridades a apelar às pessoas para permanecerem em casa quando possível e para restringirem ao máximo as deslocações.
No distrito de Santarém, a chuva fez aumentar os caudais do rio Tejo, levando a Comissão Distrital de Proteção Civil a acionar o Plano Especial de Emergência para Cheias na Bacia do Tejo, dado o risco “muito significativo” de galgamento das margens do rio. Nesta bacia hidrográfica e na do Douro foi ativado o alerta amarelo.
Em Campo Maior, no distrito de Portalegre, a zona baixa da vila ficou alagada e várias casas foram inundadas, algumas com água até ao teto, segundo a Câmara Municipal, que prevê acionar o Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil.
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