O Presidente da República comparou hoje a retoma das atividades escolares a uma "nova primavera" e pediu aos portugueses "um esforço nacional de todos para todos" para se evitar um recuo nesta reabertura progressiva.

No dia em que os alunos dos segundo e terceiro ciclos regressaram às escolas, o chefe de Estado visitou a Escola Básica Francisco de Arruda, em Lisboa, com o ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues.

"À sua maneira, é um dia histórico", começou por dizer Marcelo, após visita à escola, em Lisboa. "É um virar de página que se espera ser irreversível, o que é bom para todos — famílias, professores, todos os que trabalham na comunidade educativa, diretores, mas sobretudo para as crianças e jovens do nosso país", enumerou.

Lembrando que é completamente diferente o ensino à distância do ensino presencial", o presidente da República admitiu que esta nova realidade "é um esforço de todos para todos".

"Num dia tão bonito, isto corresponde a uma nova primavera, é a primavera como estação do ano, mas é a primavera em Portugal, a primavera nas escolas", considerou.

Com o ministro da Educação ao seu lado, declarou: "Estamos aqui, simbolicamente, para dizer que este é um esforço conjunto, acreditando que é uma abertura para o futuro".

Questionado se dá como adquirido que há condições para se cumprir o plano de desconfinamento do Governo, o chefe de Estado respondeu: "É um esforço todos os dias, o do combate à pandemia e o da recuperação e reconstrução económica e social", disse, realçando o "esforço" dos portugueses durante o confinamento e agora também na fase de desconfinamento.

Marcelo Rebelo de Sousa confirmou também que no dia 16 vai receber uma equipa do governo em Belém, incluindo o ministro do Planeamento, Nelson de Souza, de forma a "expor como é que o governo vê o processo, quando se aproxima o instante em que Portugal apresentará à Comissão Europeia a versão definitiva do PRR [Plano de Recuperação e Resiliência]".

"Isto é feito dia a dia, permanentemente", disse. "Nós todos queremos que o processo de abertura das escolas continue, [que a] abertura da atividade económica continue e a abertura da sociedade continue".

O presidente da República referiu ainda que este mês é essencial para este processo. "É no mês de abril que se consolida este processo de desconfinamento. Se correr bem, quando chegarmos a maio e depois a junho, já teremos ultrapassado aquilo que é o programa de desconfinamento".

Lembrando que "cada português tem a sua responsabilidade", Marcelo afirmou que "nenhum de nós deseja voltar para trás", uma vez que "todos sabemos o que custou a passar".

"Custou na primavera do ano passado, custou no final do ano passado, custou no início deste ano. Nós queremos olhar para a frente, não queremos olhar para trás. Mas olhar para a frente significa todos ajudarem a construir esse olhar para a frente", rematou.

(Notícia atualizada às 15h01)