O Global Teacher Prize (GTP) distingue, em cada ano, professoras e professores que tenham desenvolvido as soluções consideradas mais inovadora para lidar com desafios concretos em contexto escolar. Portugal torna-se este ano num dos primeiros países na Europa a implementar uma edição nacional que decorre em paralelo com a edição mundial.
As candidaturas nacionais decorrem entre 6 de fevereiro e 18 de março e estão abertas a todos os professores de todos os níveis de ensino, desde o pré-escolar ao 12º ano, de todas as áreas, do ensino público, do ensino particular, cooperativo e especial, em atividade em Portugal ou em instituições nacionais. Para concorrer basta preencher um formulário próprio e defender por que motivo merecem o prémio. O calendário estipula que a 19 de abril sejam divulgados os finalistas e a 3 de maio seja conhecido o vencedor.
Uma equipa de auditores da consultora internacional PWC valida as candidaturas e, posteriormente, um júri procede à avaliação e elege o professor/a distinguido como melhor e que receberá um prémio de os 30 mil euros. O vencedor em Portugal fica automaticamente apurado para a eleição do professor do ano ao nível global cujo prémio é de um milhão de dólares.
Nesta primeira edição do Global Teacher Prize Portugal, fazem parte do júri nacional Álvaro Laborinho Lúcio, como Presidente Honorário, Afonso Mendonça Reis, como Presidente do Júri em representação da organização do GTP, Pedro Carneiro, em representação da comunidade educativa, Sara Rodi, em representação dos pais, João Brites, em representação dos alunos, Eduardo de Sá, em representação da comunidade científica e Alexandra Marques, em representação da comunidade.
Em Portugal, o prémio conta com o apoio da Fundação GALP como parceiro principal e da Fundação Calouste Gulbenkian e da Federação Portuguesa de Futebol na dinamização da iniciativa.
Segundo a organização, a edição nacional não quer esgotar-se na eleição e entrega do prémio e e pretende também dinamizar um movimento de reconhecimento do papel dos professores com iniciativas especialmente desenhadas todo o ecossistema educativo: professores, alunos, pais, comunidade educativa e a sociedade em geral. Nessas iniciativas, conta-se a divulgação de um conjunto de testemunhos e a edição de um livro com histórias inspiradoras sobre professores e um documentário sobre todo o processo de montagem e casos desta primeira edição.
Para estimular a partilha de informação sobre o prémio, várias de personalidades, como Vhils, João Vieira Pinto, Nuno Markl, Fernando Serrano, Vasco Palmeirim, Laurinda Alves, Margarida Pinto Correia, Pedro Ribeiro e Vera Fernandes foram convidadas a gravar um vídeo sobre o papel que os professores desempenharam nas suas vidas.
A primeira edição do Global Teacher Prize teve lugar em 2015 e recebeu mais de 5000 candidaturas de professores oriundos de 127 países. Nesse ano, foi eleita a professora americana Nancie Atwell, que doou o prémio ao Center for Teaching and Learning (CTL), a escola que ela fundou no Maine, EUA, para apoiar alunos desfavorecidos. Em 2016, o vencedor do GTP foi o professor palestiniano Hanan Al Hroub e, em 2017, foi atribuído à professora inuit Maggie MacDonnell, de Salluit, Quebec, no Canadá.
O prémio foi fundado por Sunny Varkey, de nacionalidade indiana, mas cuja família emigrou para o Dubai em 1959 quando era ainda criança. Os pais eram ambos professores e hoje Sunny Varkey lidera a GEMS Education, a maior rede mundial de ensino do pré-escolar ao 12º ano com mais de 250 escolas no mundo inteiro. É também o fundador da Fundação Varkey, que está por trás do GTP.
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