“Dos 236 tripulantes de cabine das bases portuguesas escalados para o dia de hoje, apresentaram-se ao serviço 117 em Lisboa, Porto e Faro”, referiu fonte da easyJet numa nota enviada à Lusa, revendo os números divulgados durante a manhã.
Segundo a companhia, com estes números, a adesão à greve foi de 50%, em vez dos 52% indicados previamente.
Contactado pela Lusa, Ricardo Penarroias, presidente do Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC), contrapôs que a adesão foi de 100% e que os voos que se realizaram hoje foram no âmbito dos serviços mínimos, apontando que foram cancelados 40 voos em Lisboa, 28 no Porto e 12 em Faro, ou seja, um total de 80 voos.
Os tripulantes de cabine cumprem hoje o quinto e último dia de uma greve que teve início em maio, com os dirigentes sindicais a acusarem a transportadora de “precarização e discriminação” face aos outros países.
Ao longo desta paralisação, os níveis de adesão reportados pela empresa têm sido distintos e inferiores aos referidos pelos dirigentes sindicais.
Questionada sobre esta disparidade, fonte ligada à companhia indicou que foram cancelados previamente 385 voos, mas os tripulantes de alguns desses voos podem apresentar-se nos aeroportos fardados, mesmo sabendo que o voo não vai realizar-se.
“Lamento que a companhia esteja a escamotear os números”, disse à Lusa Ricardo Penarroias, considerando que a empresa “não tem uma posição construtiva”.
Sobre a possibilidade de novas formas de luta, o dirigente sindical afirmou que “depende da posição da companhia nos próximos dias”.
Quando a paralisação foi marcada, a easyJet disse ter ficado “extremamente desapontada” com a convocação da greve e considerou a proposta do sindicato de aumentos entre os 63% e os 103% “impraticável”.
A easyJet anunciou também que ia fazer alterações nos voos antes da greve, para mitigar o impacto nos clientes.
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