“A Comissão Europeia determinou, acordado com todos os países membros, que as fronteiras internas, isto é, dentro da União Europeia, serão abertas até 01 de julho e que não deve existir nenhuma restrição discriminatória, porque o espaço Schengen é fundamental enquanto um espaço de liberdade, segurança e justiça”, assumiu Eduardo Cabrita.
O ministro falava hoje aos jornalistas em Nelas, distrito de Viseu, à margem da cerimónia do centenário dos bombeiros voluntários locais, a primeira em que o governante diz participar desde fevereiro, por causa da pandemia de covid-19.
Questionado sobre os voos para fora da União Europeia (UE), Eduardo Cabrita adiantou que está a ser definido ao longo desta semana, num trabalho conjunto com a Comissão Europeia, “as regras de diferenciação” de voos para as fronteiras externas, e essas serão definidas “em função da situação sanitária dos países”.
“Portugal tem uma condição sanitária muito melhor que a do Reino Unido”, referiu, e “não tem nenhuma comparação com as dezenas de milhares de vítimas existentes no Reino Unido que tem uma taxa, quer de casos, quer de vítimas mortais, muito superiores a Portugal”.
Neste sentido, Eduardo Cabrita explicou que “é no contexto europeu” que será decidido “quais as exigências a viajantes vindos do Reino Unido”.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 477 mil mortos e infetou mais de 9,2 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 1.543 pessoas das 40.104 confirmadas como infetadas, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.
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