Esta é a quarta vez desde o início do ano que o Egito abre a passagem fronteiriça de Rafah, entre o sudoeste do enclave palestiniano e a península montanhosa e desértica do Sinai egípcio.

Os casos "humanitários" foram referenciados a pessoas doentes ou feridas, que não possam receber tratamento adequado na Faixa de Gaza, que sofre um bloqueio nas fronteiras terrestre e marítima por parte de Israel há mais de dez anos.

Na manhã de hoje, a agência noticiosa France Presse constatou que um autocarro, com 70 pessoas, na maioria mulheres e crianças, cruzou a fronteira de Rafah para entrar no Egito.

A abertura ocorre quando, pela terceira quinta-feira consecutiva, palestinianos manifestam-se ao longo da linha fronteiriça entre Gaza e Israel.

De acordo com a comunicação social israelita, o Egito tenta acalmar a crise entre palestinianos e israelitas.

O Egito é um dos dois únicos países árabes que assinaram um tratado de paz com Israel, negociado com os dirigentes do movimento Hamas, que exerce poder administrativo em Gaza.

Desde 30 de março, 32 palestinianos foram mortos e centenas ficaram feridos pelas forças israelitas nas manifestações massivas perto de barreira que separa Gaza do Estado hebreu.

Os palestinianos reclamam o "direito de regresso" de cerca de 700.000 palestinianos expulsos das suas terras ou vítimas da guerra que se seguiu à criação de Israel, em 1948.

O ponto de passagem de Rafah é a única saída para os habitantes de Gaza que pretendam entrar no Egito, mas os egípcios têm mantido a fronteira fechada nos últimos anos, invocando questões de segurança.