O advogado, Eduardo Balarezo, disse à imprensa que quer afastar quaisquer especulações sobre uma eventual admissão de culpa e colaboração com as autoridades norte-americanas.
“Guzmán quer ir a julgamento”, disse o advogado à saída do tribunal de Brooklyn. “Ele não está interessado em cooperar, não está interessado num acordo”, disse.
Balarezo renovou por outro lado as queixas do cliente quanto às condições da prisão de Manhattan onde está detido em regime de isolamento.
No México, Guzmán fugiu da prisão duas vezes, a segunda delas através de um túnel de 1,6 quilómetros de comprimento escavado a partir do chuveiro da cela.
A cela na prisão de Manhattan, onde Guzmán passa 23 horas por dia, “ou é demasiado quente ou demasiado fria” e El Chapo sofre de “dores de cabeça constantes”.
Na audiência de hoje, o juiz Brian Cogan recusou um pedido de Guzmán para falar ao tribunal, depois de a acusação ter manifestado o receio de que o antigo traficante pudesse querer passar mensagens cifradas a cúmplices.
O juiz disse que futuramente teria de ser notificado com antecedência da vontade do acusado de falar ao tribunal.
Guzmán foi extraditado para os Estados Unidos em 2017 para ser julgado pelas acusações de dirigir uma campanha de assassínios e sequestros e da lavagem de milhares de milhões de dólares.
Se for considerado culpado, pode ser condenado a prisão perpétua.
Numa audiência anterior, no princípio de fevereiro, o juiz aceitou que os nomes dos jurados não sejam divulgados, para evitar intimidações, pressões ou perseguições.
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