Na sua atualização regular sobre o fenómeno, a organização sediada em Genebra, na Suíça, antecipa que o El Niño, que normalmente sem mantém entre nove e 12 meses e começou em meados de 2023, “contribuirá para um aumento ainda maior das temperaturas tanto na superfície da Terra como nos oceanos”.
O El Niño, fenómeno que ocorre de forma periódica mas irregular (com intervalos entre dois e sete anos), “tem impacto na temperatura global especialmente no ano seguinte ao seu desenvolvimento, neste caso em 2024”, segundo um relatório do secretário-geral da OMM, Petteri Taalas.
“Como resultado das temperaturas recordes da superfície e dos oceanos desde junho, 2023 está a caminho de ser o ano mais quente já registado, mas o próximo ano será ainda mais quente”, alertou o especialista finlandês.
Taalas lembrou que isto não se deve apenas à influência do El Niño, mas também ao aquecimento global causado pelas emissões de gases com efeito de estufa provocados pela atividade humana.
“Fenómenos extremos como ondas de calor, secas, incêndios, chuvas torrenciais e inundações vão aumentar em algumas regiões, causando grandes impactos”, previu Taalas, que apelou à continuação da implementação do programa da OMM para universalizar os sistemas de alerta precoce contra estes desastres climáticos.
De acordo com a OMM, o El Niño deste ano desenvolveu-se rapidamente entre julho e agosto, atingiu força moderada em setembro e deverá atingir o seu pico de força entre novembro e janeiro, com 90% de probabilidade de persistir durante todo o inverno boreal (verão austral).
Espera-se então que diminua a sua força durante a primavera no hemisfério norte, afirma a OMM, utilizando dados de previsões meteorológicas e especialistas de todo o mundo.
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