“Pensamos que é caro, é um desperdício, e é ecologicamente errado”, defendeu o presidente do MPT e cabeça de lista por Lisboa, em declarações à Lusa, à porta da base militar n.º 6, no Montijo, Setúbal, numa iniciativa inserida na campanha eleitoral às legislativas.
Para o MPT, as bases de Beja e a base aérea de Monte Real, em Leiria seriam melhores soluções.
“É um desperdício porque há dois aeroportos que podem perfeitamente substituir com vantagem o aeroporto do Montijo”, salientou o também advogado, assegurando que se trata de uma obra cara de cerca de “700 milhões de euros, fora as derrapagens [outros gastos]”.
De acordo com Manuel Ramos, o aeroporto de Beja possibilitaria fazer uma ligação com o Interior, com a criação de uma linha ferroviária de alta velocidade até à capital espanhola, Madrid.
“O aeroporto de Beja permite uma ligação ao Interior e permite fazer-se, de uma vez por todas, uma rede de comboios de alta velocidade Lisboa-Sines-Beja-Madrid”, referiu o advogado de 47 anos, considerando a rede de caminho de ferro “necessária para mercadorias e passageiros.
Sobre o aeroporto em Monte Real, em Leira, o candidato pelo MPT sublinhou que a base aérea n.º 5 “tem condições para se dinamizada” e que “os empresários da região estão em acordo em assumir o caderno de encargos”.
Para o MTP, a construção de um aeroporto no Montijo é errada e o Governo está refém da ANA - Aeroportos de Portugal.
“Acho que sim [que o Governo está preso à ANA], infelizmente. Mas acho que ainda vai a tempo, com bastante pressão publica, de reverter esta situação”, precisou Manuela Ramos, acrescentando que o MPT, se chegar à Assembleia da República, quer “dizer basta a tanta obra e negociatas com a ANA”.
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