No dia em que foi noticiado, por jornais, que o ex-ministro da Defesa Azeredo Lopes vai ser acusado no processo de Tancos, Assunção Cristas dramatizou o caso e pediu aos eleitores que, nas eleições de 06 de outubro, façam escolhas e pensem que tipo de Governo querem
“Espero que as pessoas reflitam muito bem no dia 06 sobre que tipo de governo querem ter. Se querem ter um governo que encobre crimes, que iliba criminosos, que impede a justiça de funcionar, porque aparentemente conhece e dá cobertura a um acordo que impede que os responsáveis pelo furto sejam efetivamente apanhados e punidos” ou “se entendem que basta”, disse Assunção Cristas a meio de uma ação de campanha eleitoral em Lamego, distrito de Viseu.
António Costa “tem que dar explicações públicas sobre este caso” e “não apenas dizer que é um caso de justiça”, afirmou a líder centrista, para quem este é um processo que “está longe de estar encerrado”, tanto judicial como politicamente.
“É muito importante que as pessoas percebam aquilo que está em jogo e a quem é que o Governo está entregue”, concluiu.
Para as legislativas, a presidente do CDS-PP aconselhou os eleitores a usarem “uma ferramenta muito poderosa”, o “voto de protesto” contra o PS e António Costa.
Nas declarações aos jornalistas, Assunção Cristas lembrou que foi o CDS-PP a propor a comissão de inquérito de Tancos no parlamento e acusou PS, PCP e BE de aprovarem conclusões, contra as quais a bancada centrista votou, que ilibam o antigo ministro Azeredo Lopes e o Governo.
Pela prova testemunhal recolhida durante o inquérito parlamentar, a conclusão “era outra” e questionou, a partir de uma notícia sobre uma troca de SMS entre o ex-ministro e um parlamentar do PS, como é que esse deputado sabia do alegado encobrimento na recuperação do material militar roubado e o primeiro-ministro não sabia.
“É legítimo perguntar: então um deputado do PS sabia e o primeiro-ministro não sabia? O seu ministro da Defesa Nacional não lhe disse nada? Ou o primeiro-ministro não sabia e é de uma extraordinária incompetência ou o primeiro-ministro sabia e então também foi conivente com tudo isto”, concluiu.
(Artigo atualizado às 12:17)
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