Numa conferência de imprensa por volta das 10:15, Vladimir Waller Filho sublinhou que o número de votantes na primeira hora é “muito positivo” e representa mais de 20% dos cerca de 20.000 que votaram em Lisboa na primeira volta, a 02 deste mês.
“Estou muito satisfeito com a afluência de eleitores à Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa. Desde a primeira hora, em que foram abertas as portas, às 08:00, o afluxo de pessoas é muito grande e vejo com satisfação que as providências que tomámos para a gestão e administração de filas para agilizar a entrada e saída, que têm sido muito eficientes”, afirmou o diplomata brasileiro.
“Às 09:58 recebi um primeiro relatório em que já tinham votado cerca de 5.000 eleitores. Isso é muito positivo. O fluxo é permanente e não houve qualquer incidente até agora. Mesmo as 58 mesas eleitorais, com urnas eletrónicas, estão todas as funcionar”, acrescentou.
Questionado sobre se as urnas poderão permanecer abertas depois das 17:00 (hora prevista para o encerramento da votação em Lisboa), e face às enormes filas que enchem, de um lado, a Alameda da Universidade e, do outro, quase até à avenida em direção ao Hospital de Santa Maria, Waller Filho disse acreditar que sim.
“Até ao momento, com cinco mil eleitores [nas primeiras duas horas], nós temos, segundo os nossos cálculos, e tendo em conta que na primeira volta votaram [em Lisboa] 20.266 eleitores, mais de 20%, esperamos, assim, conseguir terminar a votação dentro do horário previsto”, respondeu.
Em Lisboa, realçou Waller Filho, estão inscritos 45.273 eleitores, tendo 20.266 votado na primeira volta, pelo que, apesar de a afluência nas primeiras duas horas ser “muito positiva”, considerou “prematuro” saber se o número de votantes será superior.
”Até ao momento, praticamente duas horas, é ainda prematuro fazer qualquer previsão nesse sentido. Mas o que notamos é o contínuo movimento. Não há interrupção no movimento. Em eleições anteriores [que não as de 2022], tivemos exemplos de picos, na primeira hora, depois na hora do almoço. Mas isso não ocorreu na primeira volta em Lisboa e tão pouco está a ocorrer hoje na segunda volta. O movimento não para”, explicou.
À agência Lusa, fontes da segurança e policiais que estiveram na primeira volta garantiram que a afluência aparente ser “muito maior” do que a registada na primeira volta.
“Estamos a administrar tudo com muito cuidado, tanto o pessoal de fora, por nós contratado para a zona externa do local de votação, e dentro da faculdade, em que se está a trabalhar em perfeita coordenação. Isso tem facilitado a entrada e saída muito rápida dos eleitores”, acrescentou.
Os eleitores entram pela porta principal da faculdade e saem pelas traseiras, permitindo escoar as pessoas mais rapidamente e evitar que se cruzem com as que ainda aguardam para votar, observou o diplomata brasileiro, que indicou que será realizada uma nova conferência de imprensa para um novo balanço da votação cerca das 15:00.
Cerca das 10:30, as filas para votar ainda eram extensas e até maiores do que as registadas ainda antes da abertura das urnas, às 08:00, quando, segundo as autoridades policiais estimaram à Lusa, rondavam os 7.500 eleitores.
O primeiro eleitor a encaminhar-se para as urnas, logo às 08:00, para votar, Joaquim Maciel, disse ter chegado ao local cerca das 05:30, mostrando-se surpreendido com a enorme multidão de pessoas que, entretanto, encheu praticamente os jardins da alameda da Universidade.
Dentro da faculdade, algumas das mesas de voto tinham filas com mais de 50 eleitores, enquanto outras recebiam os votantes quase gota a gota.
Fora da faculdade, e ao longo das filas, ouviam-se gritos de apoio aos dois candidatos. Os mais de 156 milhões de eleitores brasileiros escolhem hoje o futuro presidente do Brasil entre Lula da Silva, cujas sondagens o colocam como favorito à vitória, e Jair Bolsonaro.
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