A exemplo do que aconteceu noutras eleições, o centro terá uma sala de situação e acompanhamento para o dia das legislativas de 06 de outubro, segundo a mesma fonte.
Com a sala de situação a funcionar — existe uma na sede do centro de cibersegurança, em Lisboa – é possível dar uma resposta mais rápida a reagir a um eventual incidente ou ataque cibernético.
Além das ações de sensibilização com deputados, e outra em preparação com os responsáveis de campanha dos partidos, está igualmente a ser planeada a distribuição de um documento ou manual de boas práticas em cibersegurança.
O CNCS está igualmente a planear ações de sensibilização ao cidadão, nas redes sociais, com especial enfoque na desinformação, fenómeno a que podem estar associadas as chamadas ‘fake news’ e que preocupa da União Europeia.
Todas as ações do centro de cibersegurança estão a ser trabalhadas em articulação com a Comissão Nacional de Eleições (CNE).
Nas eleições europeias de 26 de maio, o CNCS “não registou incidentes” associados “ao período de pré-campanha, campanha e eleições”.
O CERT.PT, serviço do CNCS que coordena a resposta a incidentes de cibersegurança envolvendo entidades estatais, operadores de serviços essenciais, de infraestruturas e de serviços digitais, “não registou incidentes que tenham sido associados ao período de pré-campanha, campanha e eleições propriamente ditos”, lê-se numa resposta dada à Lusa pelo centro nacional de cibersegurança.
Antes das europeias, o CNCS fez, em abril, um exercício nacional para testar eventuais incidentes no ciberespaço, no âmbito do processo eleitoral.
Em 14 de junho, em Washington, o ministro da Defesa Nacional, João Gomes Cravinho, relativizou o problema de eventuais interferências estrangeiras com ‘fake news’ em Portugal, afirmou não haver “grandes provas” de que tenha acontecido em eleições, como as europeias de maio, embora reconheça que o país também está vulnerável.
As ‘fake news’ — notícias falsificadas, desinformação ou informação propositadamente falsificada com fins políticos ou outros — ganharam importância nas presidenciais dos EUA que elegeram Donald Trump, no referendo sobre o ‘Brexit’ no Reino Unido e nas presidenciais no Brasil, ganhas pelo candidato da extrema-direita, Jair Bolsonaro.
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