António Costa deixou esta sua garantia aos pensionistas no discurso de encerramento do primeiro comício do PS desta campanha eleitoral, no Pavilhão Carlos Lopes, em Lisboa, após referências às ideias de Portugal ter "rompido com a austeridade" e "recuperado a sua credibilidade internacional" nos últimos quatro anos.

"Os portugueses deixaram de recear cortes de salários ou de pensões e deixaram de recear enormes aumentos de impostos. Foram estas condições que nos permitiram cumprir os objetivos de assegurar mais crescimento, mais e melhor emprego e redução para metade da taxa de desemprego", começou por apontar o líder socialista.

Neste contexto, António Costa referiu-se então aos mais recentes indicadores do Instituto Nacional de Estatística (INE) sobre a evolução da economia portuguesa e defendeu que, ao contrário da tese da oposição, "esses números têm mesmo a ver com a vida das pessoas".

"Quando o INE anunciou na segunda-feira o crescimento da economia portuguesa neste primeiro semestre, ficou-se a saber que, aconteça o que aconteça neste segundo semestre, Portugal crescerá este ano acima dos 2%, o que significa que, pela primeira vez na história da democracia portuguesa, pelo terceiro ano consecutivo, os pensionistas vão ter direito a uma atualização das pensões acima da taxa de inflação", declarou.

Além da garantia que procurou deixar sobre a atualização das pensões, António Costa falou sobre as medidas previstas no programa do PS na área da saúde, dizendo que, se voltar a formar Governo, no espaço de quatro anos, "todos os portugueses terão médico de família".

"Não desistiremos enquanto todos os portugueses não tiverem o seu médico de família", acentuou.

Ainda na área da saúde, o líder socialista propôs-se generalizar o modelo de Unidades de Saúde Familiar (USF) no país e abrir nestes espaços duas novas especialidades que têm levado muitos portugueses a recorrer ao privado: a pediatria e a ginecologia.

"A saúde da mulher e da criança tem de ser prestada com mais qualidade nas USF", disse, antes de prometer reforçar os investimentos nas unidades de cuidados de saúde integrados - medida que considerou essencial para acompanhar o aumento da esperança de vida dos cidadãos.

Nesta intervenção, António Costa voltou a eleger como áreas prioritárias de ação, caso volte a formar Governo, as políticas de habitação para os mais pobres, mas, também, para as classes médias e para os mais jovens, através de medidas de dinamização do arrendamento acessível.

Neste ponto, houve uma assobiadela da assistência dirigida à presidente do CDS-PP, Assunção Cristas, depois de o secretário-geral do PS a responsabilizar pela "liberalização das rendas" no tempo do anterior executivo,

"A habitação atinge muitos idosos. Durante toda a vida viveram nas suas casas. Mas, com a lei da senhora Cristas, tiveram o seu direito à habitação ameaçado", criticou.

Tal como na habitação, o secretário-geral do PS procurou ainda assegurar que, se voltar a formar Governo, prosseguirá uma política "para alterar o paradigma dos transportes públicos em Portugal", reforçando os investimentos, sobretudo na ferrovia.

(Notícia atualizada às 9h02 do dia 25 de setembro)