António Costa deixou estes avisos no encerramento de um comício em Loulé, após ter dado ao fim da tarde um passeio pelo centro de Faro, numa ação de campanha que não foi divulgada aos jornalistas que acompanham a caravana nacional deste partido.

O secretário-geral do PS disse que, durante essa arruada, sem a presença de jornalistas, encontrou espanhóis que elogiaram a estabilidade política em Portugal e que tinham muita curiosidade em perceber como o país tinha evoluído nos últimos anos, para mais tendo por base "uma solução de Governo minoritária em que poucos acreditavam".

O líder socialista tirou depois as seguintes conclusões: "Para evitar termos a instabilidade dos nossos vizinhos, para continuarmos a ter a estabilidade que temos, é preciso dar força ao PS".

De acordo com António Costa, neste momento, "há muita gente a fazer contas sobre as eleições", mas há uma coisa que, na sua perspetiva o PS já sabe.

"Sabe que as eleições não se ganham ou perdem nas sondagens, sabe que as eleições só se perdem e só se ganham nas urnas - e quem vai votar vota no partido que deseja que governe. Quem quer mais quatro anos de estabilidade com um Governo do PS, deve votar no PS. Quem não quer mais quatro anos de estabilidade com um Governo do PS, então tem uma enorme liberdade de escolha", sustentou, num discurso em que fez vários ataques ao PSD.

Nesta parte do seu discurso, o secretário-geral do PS referiu-se às críticas feitas pelo presidente do PSD, Rui Rio, à forma como foram introduzidos os novos passes sociais.

"Disse que era só um benefício para os lisboetas e para os portuenses, mas é falso, porque se trata de um benefício que existe em todas as comunidades intermunicipais. No Algarve, já há um passe único, de 40 euros, que abrange não só o transporte rodoviário, como também o da CP. Não doutor Rui Rio, quem está em Faro ou em Portimão ou em Lagos, não está em Lisboa nem no Porto - e tem direito aos novos passes sociais", disse.

Pegando neste caso, António Costa considerou depois que é precisamente por este tipo de atuação do PSD "que é preciso dar força ao PS".

"Nós conhecemos bem aqueles que diziam que nada disto era possível, porque fazendo tudo o que se propunha vinha aí o Diabo. Com tanto medo do Diabo, nada nos garante que eles, chegando ao poder, para evitar o Diabo, não façam tudo andar para trás - e os passes desapareçam, os salários voltem a ser cortados, as pensões também e com os impostos a aumentar", declarou o secretário-geral do PS.

Dirigindo-se a uma plateia com centenas de socialista, disse: "Não, connosco o Diabo não vem, mas connosco o país não volta a andar para trás".

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