Num jantar-comício em Câmara de Lobos, o líder centrista da Madeira pediu ao povo madeirense que dê uma oportunidade ao CDS, que é a principal força da oposição no arquipélago.

"Este é de facto o momento de todos os madeirenses, o momento de, ao fim de 42 anos de maiorias absolutas de um único partido, nós quebrarmos com isso, devolvendo ao povo e à democracia a respiração necessária para que outros possam influenciar com equilíbrio, com responsabilidade, e puxar mais por aqueles que até agora não têm tido a devida atenção", disse.

Segundo Rui Barreto, “maioria absoluta significa quase sempre arrogância absoluta” e isso não deve ser permitido.

“Nós não devemos colocar os ovos todos no mesmo cesto, porque o poder concentrado durante demasiado tempo cria vícios e, se me permitem, a laranja já está com bolor", declarou, aludindo à cor do PSD.

O cabeça de lista lembrou que a campanha eleitoral está a cinco dias de terminar e, por isso, pediu aos militantes e simpatizantes presentes no jantar para que influenciem amigos, familiares e colegas de trabalho para o voto no CDS.

"O voto no CDS é um voto útil, o voto no CDS é um voto seguro, numa mudança segura e não numa mudança às cegas", concluiu.

Nas últimas eleições legislativas regionais, em 2015, o CDS foi o partido da oposição mais votado, obtendo 13,71% dos votos (17.489 votos), o que lhe permitiu eleger sete dos 47 deputados que compõem o parlamento madeirense.

As eleições regionais legislativas da Madeira decorrem em 22 de setembro, com 16 partidos e uma coligação a disputar os assentos no hemiciclo.

PDR, CHEGA, PNR, BE, PS, PAN, Aliança, Partido da Terra-MPT, PCTP/MRPP, PPD/PSD, Iniciativa Liberal, PTP, PURP, CDS-PP, CDU (PCP/PEV), JPP e RIR são as 17 candidaturas validadas para estas eleições, com um círculo único.

Nas regionais de 2015, os sociais-democratas seguraram a maioria absoluta - com que sempre governaram a Madeira - por um deputado, com 24 dos 47 parlamentares.