“Os primeiros dados não são os que esperávamos, os que tínhamos projetado para estas eleições”, disse aos jornalistas.

O PSD era hoje, pelas 20:00, o partido mais votado nas eleições legislativas regionais da Madeira, com 54,13 % dos votos, quando estavam apuradas oito das 54 freguesias, segundo dados oficiais provisórios.

De acordo com informação disponibilizada pela Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna, uma hora depois do fecho das mesas de voto, o PS era o segundo partido mais votado, com 30,40%, seguido pelo CDS-PP, com 5,74%, e pelo BE, com 1,06%.

A CDU, coligação formada por PCP e PEV, obtinha 0,92%, enquanto o JPP surgia como a décima força política mais votada, com 0,52%.

Teófilo Cunha disse que o partido apresentou e defendeu as duas ideias durante a campanha eleitoral, mas não foi suficiente.

“Há uma bipolarização do eleitorado, que queria a mudança, mas não vai ter essa mudança”, afirmou.

Questionado acerca de possíveis entendimentos à direita ou à esquerda, o também presidente da Câmara de Santana disse que “não há aqui ainda coligações, nem resultados finais”.

“Vamos aguardar serenamente pelos resultados finais, depois falaremos”, indicou o secretário-geral, acrescentando que “não é hoje, nem amanhã, nem depois de manhã” que haverá novidades quanto a coligações.

No entanto, antes, o secretário-geral adjunto, Gonçalo Pimenta, comentando os resultados da projeção avançada pela RTP/Católica, saudava o fim da maioria absoluta e a baixa da abstenção.

“Destaco o decréscimo da abstenção e o fim do ciclo das maiorias absolutas, que é positivo no nosso entender”, disse o secretário geral adjunto, lembrando que o CDS-PP “sempre disse que se devia quebrar este ciclo das maiorias absolutas”.

Quanto à abstenção, considerou ser “louvável a diminuição da abstenção para níveis significativos, face há quatro anos”.

Aos jornalistas, Gonçalo Pimenta destacou que o cabeça de lista do CDS-PP às eleições legislativas da Madeira conseguiu “passar a mensagem”.

Para Gonçalo Pimenta, o fim da maioria absoluta do PSD ao fim de 43 anos e a diminuição da abstenção são “dados adquiridos”.

“É uma vitoria que os madeirenses e os porto-santenses indicaram que querem o diálogo, cooperação e várias forças políticas no próximo quadro parlamentar nos próximos quatro anos”, acrescentou.

Questionado sobre os resultados que as projeções apontam para o partido, o secretário geral remeteu comentários para quando forem conhecidos os resultados finais.

“O CDS não vai comentar projeções, apenas resultados eleitorais na noite eleitoral. Vamos aguardar com muitas expectativas, calma e serenidade”, afirmou.

Quanto a um possível entendimento com outra força política, o secretário-geral adjunto dos centristas lembrou que o partido “sempre disse que está disponível para colaborar com o futuro da região”.

“É esta a postura que vamos ter os próximos quatro anos. Depois determinaremos o que iremos fazer relativamente a cooperar com quem ganhou ou quem com ganhar”, afirmou.

O secretário geral adjunto falava pelas 19:20 aos jornalistas na sede do CDS-PP/Madeira, no Funchal, onde estavam apenas jornalistas.

O cabeça de lista do CDS-PP está recolhido numa outra sala com o seu staff a analisar as projeções.

As eleições legislativas da Madeira, que hoje decorrem, têm a participação de 16 partidos e uma coligação a disputar os 47 lugares no parlamento regional.

PDR, CHEGA, PNR, BE, PS, PAN, Aliança, Partido da Terra-MPT, PCTP/MRPP, PPD/PSD, Iniciativa Liberal, PTP, PURP, CDS-PP, CDU (PCP/PEV), JPP e RIR são as 17 candidaturas validadas para estas eleições, com um círculo único.

Nas regionais de 2015, os sociais-democratas seguraram a maioria absoluta - com que sempre governaram a Madeira - por um deputado, com 24 dos 47 parlamentares.

Na sondagem divulgada às 19:00, o PSD vence as eleições, mas perde a maioria absoluta.