“Não existe interesse em melhorar o que já existe, existe interesse em enganar as pessoas sempre com a promessa do [novo] hospital público. Podíamos aproveitar as verbas europeias para haver um apoio para a construção do hospital público, mas não há interesse porque há interesse em desmantelar o hospital público, os serviços públicos e em obrigar as pessoas a irem ao privado”, disse o candidato à Lusa.

“Se têm dinheiro, safam-se, se não têm ficam à sua mercê”, acrescentou.

O médico Rafael Macedo falava à Lusa no âmbito de uma ação de campanha que realizou hoje junto ao Hospital dos Marmeleiros, no Funchal, um local que escolheu para exemplificar como o Governo Regional não está a investir na saúde pública.

Segundo o cabeça de lista do PURP, aquele hospital faz parte do Serviço de Saúde da Região Autónoma da Madeira (SESARAM) e tem especialidades de medicina interna, pneumologia, dermatologia, endocrinologia e infeciologia.

“Há uma operação de estética exterior que foi realizada pelo Governo Regional para calar a opinião pública, mas internamente recebemos imensas fotos. Aquilo não tem condições para albergar as pessoas, nem em termos de internamento nem em termos de consultas”, afirmou.

De acordo com o candidato, os pavimentos do hospital estão “completamente degradados”, as “portas completamente degradadas” também, pelo que “não é adequado para fazer intervenções ou tratamentos adequados em contexto de internamento ou em contexto de consultas”.

Além disso, Rafael Macedo disse que essas condições podem favorecer o aparecimento de infeções hospitalares, “um problema que coloca em risco a vidas das pessoas”.

“É urgente o Governo Regional deixar de enganar as pessoas e, quem vier a seguir, que olhe para esta situação. Que não engane os madeirenses à espera do hospital público porque essa situação é só para daqui a 10 anos”, frisou.

Para o cabeça de lista do PURP, os candidatos do PS e do CDS-PP às eleições na Madeira “não são solução” para este problema porque têm como braço direito pessoas “ligadas ao privado”.

“Não tenho nada contra o serviço privado, tenho é contra o desmantelamento do serviço público”, frisou Rafael Macedo.

As eleições regionais legislativas da Madeira decorrem no domingo, com 16 partidos e uma coligação a disputar os 47 lugares no parlamento regional.

PDR, CHEGA, PNR, BE, PS, PAN, Aliança, Partido da Terra-MPT, PCTP/MRPP, PPD/PSD, Iniciativa Liberal, PTP, PURP, CDS-PP, CDU (PCP/PEV), JPP e RIR são as 17 candidaturas validadas para estas eleições, com um círculo único.

Nas regionais de 2015, os sociais-democratas seguraram a maioria absoluta – com que sempre governaram a Madeira - por um deputado, com 24 dos 47 parlamentares.

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