Jerónimo de Sousa, em comício noturno de encerramento dos 13 dias oficiais de apelo ao voto, discursou num espaço interior de pequena dimensão, o auditório da junta de freguesia de São Vicente, na Cidade dos Arcebispos, repleto de militantes e simpatizantes de comunistas e ecologistas.
"Verificamos que valeu a pena a nossa contribuição, a nossa proposta, em termos de reposição de rendimentos e direitos. Todos os avanços têm uma marca, a marca do PCP e da CDU", afirmou, referindo-se à reposição de cortes salariais, de subsídios de férias e natal, de dias feriados, aumentos de reformas e pensões, do abono de família ou da gratuitidade dos manuais escolares e a criação dos novos passes intermodais nos transportes públicos.
Segundo o líder do PCP, "não foi fácil porque, em muitas matérias o PS não acompanhava".
"Mas quem nos conhece sabe bem que somos determinados, somos convictos. Insistimos, insistimos, atá o PS subscrever as nossas propostas", descreveu.
Para o secretário-geral comunista, "o PS não mudou" e "a grande questão é a correlação de forças na Assembleia da República".
"O Governo minoritário do PS [nos últimos quatro anos] não podia fazer aquilo que entendia. Por isso é que estes avanços foram alcançados e é preciso que a partir de dia 06 [de outubro] sejam continuados", defendeu.
Jerónimo de Sousa afirmou que "o PS tem dado sinais suficientes de que está disposto a andar para trás".
"Um PS que se afirma socialista e de esquerda, como pode aprovar, com o aconchego de PSD e CDS, leis que visam a precariedade máxima para os trabalhadores? Ao PS, pula sempre o pezinho para se entender com PSD e PS em matérias fundamentais", lamentou.
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