“É muito importante, é muito positivo, porque de facto há aqui a possibilidade de aumentar o nosso grupo parlamentar e valorizar todo o trabalho que tem sido feito nos últimos anos”, afirmou a candidata, número quatro na lista do Juntos pelo Povo (JPP).

Patrícia Spínola falava aos jornalistas após a divulgação da projeção da Universidade Católica Portuguesa, numa unidade hoteleira do concelho de Santa Cruz, o local escolhido pelo partido para acompanhar a noite eleitoral.

Cerca das 19:30, a sala encontrava-se ainda praticamente vazia, com apenas quatro apoiantes. O cabeça de lista do JPP e secretário-geral do partido, Élvio Sousa, vai acompanhar a noite eleitoral noutra sala e só prestará declarações aos jornalistas quando forem conhecidos os resultados finais.

Patrícia Spínola apontou também que é “interessante” que a projeção não garanta a maioria absoluta à coligação PSD/CDS-PP, estando ainda “por definir quem irá ter maior presença no parlamento regional”.

“Para o JPP, por enquanto, as notícias são muito boas. Vamos aguardar pelos próximos resultados”, realçou.

De acordo com a projeção da Universidade Católica Portuguesa para a RTP, a coligação PSD/CDS-PP vence hoje as legislativas regionais da Madeira, com 44% a 48% dos votos, o que, no limite mínimo, não lhe permite a maioria absoluta.

Com este resultado, a coligação Somos Madeira, formada pelos dois partidos que atualmente governam a região, consegue entre 23 e 26 mandatos, quando são necessários 24 para garantir a maioria absoluta no parlamento, que tem um total de 47 assentos.

Nesta projeção divulgada pelas 19:00, o PS consegue nove a 12 deputados (18% a 21%), o JPP quatro a seis (9% a 12%) e o Chega – que nunca esteve representado no parlamento do arquipélago - três a cinco (8% a 10%).

IL, que também nunca esteve representada no hemiciclo, CDU e BE alcançam, cada um, um mandato, enquanto o PAN surge com zero a um.

Nas anteriores regionais, em 2019, os sociais-democratas elegeram 21 deputados, perdendo pela primeira vez a maioria absoluta que detinham desde 1976, e formaram um governo de coligação com o CDS-PP (três deputados).

O PS alcançou 19 mandatos, o JPP três e a CDU um.

Segundo uma estimativa do Centro de Estudos e Sondagens de Opinião da Universidade Católica Portuguesa, divulgada pela RTP às 18:30, a abstenção deverá situar-se este ano entre 44% e 48%.

A abstenção acabou por ficar nos 44,5% em 2019 e nos 50,42% em 2015, batendo-se nesse ano o recorde desde 1976, quando se realizaram as primeiras eleições para a Assembleia Legislativa da Madeira.

Às regionais de hoje concorrem 13 candidaturas, que vão disputar os 47 lugares no parlamento regional, num círculo eleitoral único: PTP, JPP, BE, PS, Chega, RIR, MPT, ADN, PSD/CDS-PP (coligação Somos Madeira), PAN, Livre, CDU (PCP/PEV) e IL.