"Ou o PPD tem uma votação, como nós esperamos, expressiva, de confiança do povo madeirense, ou corremos o risco de ganharmos as eleições e eles chumbarem o nosso programa no parlamento e, de repente, temos aí um governo com comunistas, que são contra tudo aquilo que nós sempre defendemos", afirmou o candidato.
Miguel Albuquerque falava num comício na freguesia do Caniçal, concelho de Machico, na zona leste da Madeira, um município com vasto historial de governação autárquica à esquerda, primeiro pela UDP e depois pelo PS, partido que lidera agora a câmara municipal.
"Atenção a isto", afirmou, reforçando que a possibilidade de uma coligação à esquerda na região "não é nenhuma brincadeira".
O cabeça de lista do PSD, que concorre a um segundo mandato como presidente do Governo Regional, referiu-se, por outro lado, ao candidato do PS, o independente Paulo Cafôfo, como um "cavalheiro ao serviço de António Costa", o primeiro-ministro e secretário-geral socialista.
"O nosso combate é contra os mandatários de António Costa", disse, realçando que a região enfrenta atualmente "mais um combate contra os adversários da autonomia" e contra o "poder central que quer mandar na Madeira".
Miguel Albuquerque reforçou, por isso, o alerta para a possibilidade de a esquerda formar uma coligação e derrotar no parlamento o PSD, partido que governa a Região Autónoma da Madeira desde 1976, sempre com maioria absoluta.
"O que eu estou a dizer não é nenhuma ficção, porque este primeiro-ministro, este António Costa que anda a dar cabo do país e a enganar os portugueses, perdeu as eleições, foi ao parlamento, fez um pacto com os comunistas e está lá no poder a rebentar com o país", declarou.
As eleições legislativas regionais da Madeira decorrem no domingo com 16 partidos e uma coligação a disputar os 47 lugares no parlamento regional.
PDR, CHEGA, PNR, BE, PS, PAN, Aliança, Partido da Terra-MPT, PCTP/MRPP, PPD/PSD, Iniciativa Liberal, PTP, PURP, CDS-PP, CDU (PCP/PEV), JPP e RIR são as 17 candidaturas validadas para estas eleições, com um círculo único.
Nas regionais de 2015, os sociais-democratas seguraram a maioria absoluta por um deputado, com 24 dos 47 parlamentares.
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