“Acompanhamos naturalmente a situação”, declarou o padre Manuel Barbosa, num encontro com os jornalistas em Fátima, concelho de Ourém, distrito de Santarém, após uma reunião do conselho permanente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP).

O assunto não foi abordado no encontro, mas a CEP, segundo o porta-voz, acredita que o processo eleitoral no Brasil, cuja segunda volta, no dia 28, será disputada entre o candidato mais votado no domingo, Jair Bolsonaro (Partido Social Liberal), e o segundo, Fernando Haddad (Partido dos Trabalhadores), venha a “apontar para a dignidade da vida, para a justiça, e que não haja desigualdade”.

“Acreditamos que quem toma o poder no país se paute por esses valores, mesmo se às vezes está a soar de uma maneira diferente”, declarou.

Manuel Barbosa respondia a uma pergunta da agência Lusa sobre o que espera a Igreja Católica portuguesa das eleições no maior país lusófono, após o antigo militar de extrema-direita Jair Bolsonaro - que conta com o apoio do líder da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD), Edir Macedo - ter vencido a primeira volta, no domingo, com 46% dos votos, enquanto o seu opositor do PT ficou em segundo lugar com 29,3%.

“Acreditamos que haja, naturalmente, um fomentar dos verdadeiros valores humanos e cristãos”, referiu, preconizando para o Brasil “um caminho em que não haja corrupção, nem violência".

Para o representante da CEP, “quem está nos governos dos países deve fomentar esses valores e não outros”, o que traduz “a posição de um ser humano e cristão”.