Numa reunião, na qual manifestaram apoio a Lula da Silva na primeira volta, estiveram presentes a ecologista Marina Silva, os socialistas Luciana Genro e Guilherme Boulos, Cristovam Buarque e João Vicente Goulart e o conservador Henrique Meireles.

Dois outros antigos candidatos presidenciais claramente identificados com Lula da Silva desde o início do atual processo eleitoral também participaram: o seu candidato a vice-Presidente, o conservador Geraldo Alckmin, e o candidato ao cargo de governador de São Paulo, Fernando Haddad, do Partido dos Trabalhadores (PT).

O ex-Presidente, que lidera todas as sondagens com uma intenção de voto de cerca de 45%, agradeceu o gesto e considerou que os seis podem ajudá-lo a obter o apoio que lhe falta para ganhar as eleições na primeira volta, para as quais teria de ultrapassar os 50% no dia 02 de Outubro.

“Este encontro simboliza a vontade que o povo tem de recuperar a democracia no nosso país”, declarou Lula da Silva, que instou os brasileiros a “pôr fim ao fascismo” do Presidente brasileiro, Jair Bolsonaro.

Henrique Meirelles, que presidiu ao Banco Central durante a administração de Lula da Silva (2003-2010), mas que depois concorreu à presidência em 2018, disse que o seu apoio à candidatura do líder progressista se deve agora “ao que ele já fez e pode voltar a fazer”.

“Estou aqui com paz de espírito e confiança, porque sei que o país pode voltar a trabalhar” com Lula da Silva, disse.

Numa linha mais radical, Luciana Genro disse que a união de políticos de ideologias tão diversas em torno do ex-Presidente responde “à necessidade de criar uma frente antifascista” que “derrota o projeto racista, misógino, discriminatório e violento” que Bolsonaro encarna.

Segundo Cristovam Buarque, que foi ministro da Educação de Lula da Silva em 2003, “todos os democratas brasileiros devem unir-se e evitar a tragédia” que seria “a reeleição do atual Presidente da República”.