Em conferência de imprensa, Lopes da Fonseca considerou que a nova realidade política dos Açores abre portas a novos relacionamentos institucionais, quer a nível parlamentar, quer a nível dos dois governos das regiões.
"As duas Regiões Autónomas passarão a ter governos de coligação na área do centro de direita, o que vai permitir maiores convergências, sobretudo numa aproximação no aprofundamento de determinadas matérias, como a revisão da lei de finanças regionais, o aprofundamento da autonomia em termos dos próprios estatutos político-administrativos das duas regiões autónomas e, em particular, o aprofundamento em termos de matérias que estão pendentes há muitos anos", referiu.
Lopes da Fonseca disse ainda que o CDS vai, também, privilegiar o relacionamento institucional entre parlamentos, anunciando que irá propor a criação de cimeiras parlamentares anuais entre a Madeira e os Açores.
"No que concerne ao grupo parlamentar do CDS, iremos promover jornadas parlamentares entre o CDS-Madeira e o CDS-Açores, no sentido de aprofundarmos estas matérias que estão pendentes há muitos anos, nomeadamente a revisão da lei de finanças regionais, o aprofundamento da autonomia em termos dos próprios estatutos político-administrativos e, em particular, o aprofundamento de áreas específicas como a economia, os transportes, o turismo, a Universidade da Madeira e, também, áreas relacionadas com o mar.
O líder do PSD/Açores, José Manuel Bolieiro, foi indigitado no sábado presidente do Governo Regional pelo representante da República para os Açores, Pedro Catarino.
O PS venceu as eleições legislativas regionais, no dia 25 de outubro, mas perdeu a maioria absoluta, que detinha há 20 anos, elegendo 25 deputados.
PSD, CDS-PP e PPM, que juntos representavam 26 deputados, anunciaram esta semana um acordo de governação, tendo alcançado acordos de incidência parlamentar com o Chega e o Iniciativa Liberal (IL).
Com o apoio dos dois deputados do Chega e do deputado único do IL, a coligação de direita soma 29 deputados na Assembleia Legislativa dos Açores, um número suficiente para atingir a maioria absoluta.
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