Quando chegou a Santo Estêvão, freguesia do concelho de Benavente, no distrito de Setúbal, o líder do PSD já tinha à sua espera três campinos a cavalo e uma comitiva de dirigentes locais junto a um arrozal.

Apesar de o objetivo passar por mostrar a Rio como se faziam as coisas antigamente, foi o método moderno que o cativou.

Depois dos cumprimentos rápidos à chegada e de ouvir as especificidades da produção do arroz carolino na lezíria ribatejana, o candidato que integra a lista pelo círculo eleitoral do Porto subiu para uma ceifeira e "deu uma voltinha" que durou poucos minutos.

Apesar de não ter conduzido a máquina, o líder do PSD seguiu ao lado do condutor e assistiu em lugar privilegiado a como se faz a colheita dos grãos que crescem em terrenos com água e que provou, depois, sob a forma de arroz doce.

"Vai mostrar como se ceifa o Costa e o PS", que passaram "quatro anos a dar palha aos portugueses", comentou o deputado Duarte Marques, número três na lista de Santarém às legislativas de 06 de outubro.

Questionado se ficou preparado para a ceifa depois da experiência, o social-democrata respondeu que sim, "caso precise de alguma profissão alternativa".

Após deixar os campos agrícolas, sob o olhar atento de alguns touros bravos num terreno próximo, Rui Rio foi presenteado com uma atuação da Escolinha de Folclore da associação recreativa de Porto Alto.

O grupo dançou e cantou para mostrar como se faz, mas depois de assistir e aplaudir algumas atuações tradicionais da região, o presidente do PSD foi a estrela da pista de dança, a quem se juntou também a cabeça de lista pelo distrito, Isaura Morais.

Apesar de ter pedido um fandango, ao qual o grupo anuiu, foi para "o cavalinho" que a ensaiadora o chamou.

Mafalda Sousa quis dançar com "um homem do norte" o que é tradicional do Ribatejo, e deu a Rio o tutorial, que consistia em dois passos para trás, dois passos para a frente e um "encaixe".

"Está aprovadíssimo. Temos ribatejano, pode enfiar o barrete", assinalou a ensaiadora no final do baile, tendo convidado inclusivamente este seu novo par para "os ensaios que decorrem ao sábado à noite na associação recreativa".

Aos jornalistas, o social-democrata insistiu que tem procurado "diversificar ao máximo a campanha", porque "este sistema de chegar à noite e pôr toda a gente a comer e os políticos a gritarem, preferencialmente a dizerem mal do adversário, é um modelo que não é credibilizador", que disse não apreciar.

Sobre o bailarico, o líder explicou que esta não é a primeira vez que dançou, mas "o cavalinho", especificamente, "foi pela primeira vez".

Antes do almoço, os dirigentes fizeram uma visita ao polo de Santarém do Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária, uma estação zootécnica, mas onde os sociais-democratas não viram animais.

A campanha oficial do PSD segue na parte da tarde para as Caldas da Rainha, onde está prevista uma arruada, e termina o dia em Leiria, onde haverá uma iniciativa que o partido apelidou de ‘talk' (conversa) e que consiste em responder a perguntas da população.