"Três apoiantes do movimento Climáximo foram condenadas a multas compreendidas entre os 800€ e os 1200€ e mais de 1 ano de prisão convertido em trabalho comunitário por um protesto político de disrupção pública por justiça climática que aconteceu no passado dia 12 de Outubro de 2023" - revela.

Matias Souza, porta-voz do protesto, afirma que não queriam "estar nesta posição" e ter de "arriscar penas como esta e colocar em jogo a vida normal. Mas eles, os governos e as empresas, não nos deixam nenhuma outra hipótese: a crise climática é uma guerra que eles declararam contra a sociedade e o planeta, e só as pessoas podem pará-los. Todas as pessoas têm de entrar em resistência climática, porque nós, condenados, não somos excecionais: são as circunstâncias em que vivemos todos que o são".

Em comunicado, o coletivo afirma que os incêndios "trágicos" aos quais estamos a assistir esta semana são "a crise climática a atingir Portugal em tempo real". "Quando dizemos que eles, os governos e as empresas, estão a matar as pessoas com a crise climática que eles provocaram e alimentaram, não é uma metáfora. É, como vimos tragicamente esta semana, a realidade", afirma Matias.

O Climáxijo "apela ainda a que todas as pessoas se mobilizem ao protesto marcado para este domingo às 17h. "O País Arde, Temos de Acordar!" visa "o fim do ciclo de incêndio, morte, pobreza e desertificação", bem como "responsabilizar os verdadeiros culpados destas tragédias: a indústria da celulose e da biomassa, bem como as principais empresas emissoras de gases com efeito de estufa que são responsáveis pela crise climática"".

O protesto realiza-se em Lisboa, na Praça José Fontana, "estando já marcado ponto de encontro para várias localidades no país".