Durão Barroso falava aos participantes no congresso anual da Confederação Empresarial de Portugal, no Centro de Congressos do Estoril, numa intervenção subordinada ao tema “Reinventar a Globalização”.
“Portugal tem uma grande capacidade de se adaptar, de se reinventar”, defendeu o também antigo primeiro-ministro, apontando uma crítica às elites, que considerou não estarem “à altura da capacidade notável de resiliência que o povo português tem demonstrado”.
“O futuro de Portugal joga-se na Europa. A nossa fronteira não é Vilar Formoso”, sublinhou, reiterando que o “interesse nacional não deve ser incompatível com o interesse europeu”.
“[A União Europeia] não é perfeita, tem os seus problemas. Mas sem a União Europeia nós não tínhamos qualquer hipótese de defender os nossos interesses”, salientou.
Durão Barroso deixou uma nota de preocupação com a questão da economia do mar em Portugal e considerou que o país continua a não ter portos competitivos.
“Se queremos de facto um investimento na área do mar (…) tem de se ter meios”, defendeu.
Em termos marítimos, “estamos mais perto da China do que está a Alemanha do norte ou que está a Holanda [onde se localizam os mais importantes portos europeus]”, disse ainda Durão Barroso.
“Acho que Portugal tem as capacidades e as competências. E os portugueses hoje em dia estão com uma abertura maior ao mundo do que quando eu estudava”, defendeu.
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