De acordo com o diretor do Centro Nacional de Pensões, a idade da reforma estará nos 66 anos e 5 meses em 2023, menos um mês do que em 2020.
Ao jornal Público, Vítor Junqueira explicou o que pode provocar esta ligeira descida. "Se viermos a assistir a uma redução substancial da esperança média de vida aos 65 anos, com o aumento de óbitos nos meses de Outono em 2020 e o que se prevê este ano, haverá efectivamente uma redução da idade de reforma", refere.
Segundo os cálculos realizados, "se, por hipótese, a esperança média de vida aos 65 anos relativa a 2021 vier a cair para os 19,46 anos, isso implicará que a idade de reforma em 2023 estará nos 66 anos e 5 meses".
Em 2014, a idade da reforma subiu de 65 para 66 anos e de 2016 em diante passou a estar indexada à evolução da esperança média de vida aos 65 anos, de acordo com os registos no triénio anterior.
Ao longo dos anos, este indicador tem vindo a aumentar, pelo que a idade também tem crescido — em 2021 está nos 66 anos e seis meses. Desta forma, se os dados provisórios relativos à esperança média de vida aos 65 anos no triénio 2018/2020, divulgados pelo INE em novembro se confirmassem, a idade da reforma em 2022 iria subir para os 66 anos e sete meses.
Todavia, o elevado número de mortes devido à covid-19 e a outras doenças registado no último ano e nos primeiros meses de 2021 pode levar a uma revisão em baixa do indicador, o que deverá afetar a fixação das idades de reforma em 2022 e 2023.
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