Segundo os dados divulgados pela Saúde 24, desde o início de funcionamento deste serviço de atendimento “por cessação tabágica” - 20 de maio deste ano - até ao dia 31 de outubro, foram atendidos 1.630 utentes que queriam ajuda para deixar de fumar.

Em maio, registaram-se 79 chamadas especificamente para este fim, que representaram 9% do total de chamadas efetuadas para a equipa de enfermeiros que faz atendimento para “cessação tabágica” na linha saúde 24 (923).

No mês de junho foram atendidas 299 chamadas para deixar de fumar e no mês de julho 434, representando, respetivamente 19% e 28% do total de chamadas atendidas pela equipa.

Julho foi o mês com maior número de pedidos e encaminhamentos, tendo depois começado a descer gradualmente, com agosto a registar um total de 305 chamadas (25% do total).

Em setembro e outubro a queda no número de chamadas continuou, embora de forma ligeira, com tendência a estabilizar: 267 e 246 pedidos para cessação tabágica, representando 22% e 15% do total.

Por género verifica-se que houve muito mais homens a pedir ajuda para deixar de fumar – quase o dobro - do que mulheres.

Nestes pouco mais de cinco meses 1.063 homens solicitaram ajuda para cessação tabágica, contra apenas 567 a fazer o mesmo pedido.

Em ambos os casos se verifica a mesma tendência de o maior número de pedidos de ajuda se ter registado em julho, 124 de mulheres e 310 de homens.

Por idades, a faixa etária que mais recorreu ao serviço da linha saúde 24 para deixar o tabaco foi a dos 35 aos 69 anos (409 mulheres e 733 homens), logo seguida pela dos 18 aos 34 anos (120 mulheres e 254 homens).

Ainda assim houve jovens muito novos a pedir ajuda para deixar de fumar.

Segundo a Linha saúde 24, houve 27 pedidos de ajuda de jovens com idades entre os 14 e os 17 anos (7 raparigas e 20 rapazes).

Também os mais idosos recorreram a este serviço, já que 31 mulheres e 53 homens com mais de 70 anos pediram ajuda telefónica para deixar de fumar.

O serviço telefónico de auxílio à cessação tabágica arrancou em maio deste ano, cumprindo uma diretiva comunitária transposta para a legislação portuguesa e que “obrigou à implementação deste apoio telefónico”, explicou à Lusa o enfermeiro Sérgio Gomes, coordenador da linha Saúde 24.

Contudo, este serviço irá contar com uma linha telefónica especifica de apoio à cessação tabágica, que vai fazer todo o acompanhamento e orientação do utente durante o processo e que está previsto arrancar em junho de 2017, após concurso público.

Atualmente, o que este serviço faz é atender o utente, fazer uma triagem para perceber se está mesmo interessado em deixar de fumar, se está motivado para isso e se cumpre os requisitos necessários para iniciar o tratamento.

Nesses casos, a equipa da linha reencaminha o utente para o respetivo ACES (Agrupamento de Centros de Saúde) para uma consulta de cessação tabágica.

Hoje assinala-se o Dia do Não Fumador.